Rodrigo Tacla Duran após decisões do STF: 'Dallagnol ocultava HD e pen drive em sacola de supermercado'
O advogado já havia implicado o ex-procurador em tentativa de extorsão e voltou a denunciar novos crimes na Lava Jato
247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran criticou o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anular provas da Odebrecht - o juiz também citou armação da Operação Lava Jato para prender o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, o magistrado disse que a empreiteira não fez acordos de cooperação jurídica internacional, que devem ser estabelecidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da Secretaria Nacional de Justiça.
O ministro do Supremo afirmou que procuradores da Lava Jato tiveram conversas extraoficiais com membros do Federal Bureau of Investigation (FBI), o departamento de inteligência e segurança dos Estados Unidos. "A decisão do Ministro Toffoli foi fundamentada em informação do DRCI", reforçou Tacla Duran. "O problema DD (Deltan Dallagnol) é que você ocultava HD e pen drive em sacola de supermercado. Quando pego, tratou de pedir, como membro do MPF, para destruir as provas!!!", afirmou o advogado, que havia implicado o ex-procurador em tentativa de extorsão na Lava Jato.
O advogado foi preso preventivamente na Lava Jato, em 2016. Seis meses antes, ele foi procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro em um escritório de advocacia. Ela é esposa de Sergio Moro, atual senador pelo União Brasil-PR e ex-juiz da operação em primeira instância jurídica. Zucolotto ofereceu a Duran um acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais de Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto teria dito que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora". Em 14 de julho de 2016, o advogado fez uma transferência bancária de US$ 613 mil para o escritório de Marlus Arns, que também atuava com Rosângela em casos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
O jurista Lenio Streck cobrou uma autocrítica da Lava Jato em um debate com o ex-procurador Deltan Dallagnol e o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, destacou os prejuízos econômicos da operação no Brasil.

