Tereza Cristina não explica fim dos estoques do arroz e reclama de "guerra política"
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse enxergar uma "guerra política" sobre o aumento nos preços do arroz, que penaliza os mais pobres. "Temos um problema pontual que vai se ajustar, não precisamos de gente tocando fogo para ganhar politicamente", afirmou. O custo do alimento variou mais de 107% nos últimos 12 meses no Brasil, segundo pesquisas da USP
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247 - A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta segunda-feira (14) que estão querendo transformar a alta no preço do arroz em uma "guerra política". A titular da pasta chamou de "problema pontual" a inflação do alimento, que acumula uma alta de 19,25% em 2020 de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo, informou que o preço do arroz variou mais de 107% nos últimos 12 meses no Brasil, com o valor da saca de 50 kg próximo de R$ 100.
"O que temos que deixar claro aos consumidores é que já vinha subindo o preço há anos, consumidor tem todo direito de reclamar, especialmente o mais pobre, arroz e feijão são a marca da nossa nutrição, mas temos um problema pontual que vai se ajustar, não precisamos de gente tocando fogo para ganhar politicamente", disse ela em entrevista à rádio Jovem Pan. "Se continuasse como estava, teria escassez pro próximo ano, 2021 a expectativa é que teremos uma safra maior e com mais arroz para brasileiros e para exportações", acrescentou.
De acordo com o ex-ministro Aloizio Mercadante, o governo Jair Bolsonaro "jogou nos braços do mercado a regulamentação do preço da cesta básica". "O povo ficou entre o pescoço e a guilhotina. As pessoas são obrigadas a comer e não tem oferta, volume, estoque ou importação desses alimentos", afirmou.
A ministra da Agricultura disse que o "governo não fará intervenção" para regular os preços do arroz. "A que poderia ser feita é de comércio, abrimos 400 mil toneladas de importação à tarifa zero e traz tranquilidade de que não haverá falta do produto", complementou.
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