Vacinação e recuperação da economia reverterão queda de popularidade do governo, dizem aliados de Bolsonaro
Para o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, "com todos os brasileiros vacinados até dezembro, economia bombando no primeiro semestre de 2022, Bolsonaro assume a liderança nas pesquisas antes das convenções"
247 -Aliados do Planalto avaliam que Jair Bolsonaro deverá reverter a queda de popularidade do governo, demonstrada pela pesquisa DataFolha divulgada nesta semana, em função do avanço da vacinação contra a Covid19 e da recuperação da economia. De acordo com o levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria as eleições presidenciais do próximo ano com 58% das intenções de voto no segundo turno, contra 31% de Bolsonaro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Para o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) , a pesquisa"reflete o momento" e que com “todos os brasileiros vacinados até dezembro, economia bombando no primeiro semestre de 2022, Bolsonaro assume a liderança nas pesquisas antes das convenções". “O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que prestou depoimento à CPI da Covid disse que Barros foi o deputado citado por Bolsonaro como estando envolvido nas negociações para a importação da vacina indiana Covaxin, cujo contrato está sendo investigado pela suspeita de irregularidades.
Segundo a reportagem, O vice-líder do governo na Câmara, Evair de Melo (PP-ES), teria afirmado que as pesquisas eleitorais mais recentes não servem para nada, são distorcidas e atrapalham o Brasil, "Vamos disputar a reeleição com todo mundo vacinado e com a economia em crescimento. Essa é a nossa plataforma", disse.
Parlamentares de oposição, porém, avaliam que Bolsonaro não deverá recuperar o apoio necessário à sua reeleição em função das suspeitas de irregularidades na aquisição de vacinas, os altos níveis de rejeição e da dependência do centrão. "Bolsonaro será cada vez mais refém do centrão, perdeu o protagonismo e não consegue mais esconder o rabo do rato. A corrupção pegou nele e o bolsonarismo perdeu seu último discurso", disse a vice-líder da oposição na Câmara, deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC). "O presidente tende a ficar cada vez mais autoritário e isolado. Reeleição já era", completou.
"Esse desespero do Bolsonaro, dando todo dia uma declaração golpista, é porque ele sabe que perdeu sustentação no Congresso. Acho muito difícil ele ter uma reação à altura. Temos pela frente uma crise energética, aumento dos combustíveis e da inflação. O quadro que se aponta é de derrota", avaliou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
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