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Vale desiste de ação contra bilionário israelense que contratou ex-juiz suspeito Sergio Moro

Mineradora brasileira processava israelense condenado por corrupção internacional, mas desistiu por ter ciência do esquema

Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale (Foto: Lula Marques | Reuters)

247 - A Vale desistiu da ação que movia na Justiça de Londres contra o bilionário israelense Beny Steinmetz, antigo sócio da mineradora em um projeto de exploração de uma reserva de minério de ferro em Simandou (Guiné), que contratou o ex-juiz parcial Sergio Moro para fazer parecer contra a empresa. A Vale queria que o israelense pagasse US$ 1,2 bilhão pelo fracasso do negócio.

A decisão da Vale foi comunicada em meio a julgamento da ação nesta segunda-feira, 14, alegando que a ação estava prescrita. A mineradora queria fazer valer a decisão da Câmara Internacional de Arbitragem de Londres, que, em 2020, condenou Steinmetz e outros cinco executivos de sua empresa, a BSGR, a pagar uma indenização total de US$ 2 bilhões. 

Os empresários da BSGR teriam ocultado da Vale informações sobre pagamento de propina a políticos da Guiné para a obtenção de licenças de exploração de Simandou. O contrato para exploração de minério de ferro em Simandou foi assinado em 2010, mas, com a eleição de Alpha Condé, as licenças foram anuladas.

Em nota, a Vale reforçou que continuará adotando os demais procedimentos legais cabíveis na recuperação do crédito de US$ 2 bilhões devidos pela BSGR.

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