Veto da Anvisa à importação da Sputnik V frustra planos dos governadores de acelerar vacinação contra a Covid-19
Governadores e secretários estaduais de saúde avaliavam que a importação da vacina russa seria fundamental para impulsionar a vacinação no Brasil. Após a negativa da Anvisa, a expectativa atual é que o ritmo seja acelerado somente a partir do segundo semestre
247 - O veto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à importação da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19, deverá atrasar o ritmo da vacinação no Brasil. Segundo reportagem do jornal O Globo, os governadores avaliam que a importação da Sputnik V é essencial para ampliar os índices de vacinação, já que o atraso nas negociações para a compra dos imunizantes por parte do governo Jair Bolsonaro colocou o Brasil no final da fila das empresas farmacêuticas. Expectativa atual é que o ritmo seja acelerado somente a partir do segundo semestre".
Agora, os gestores estaduais esperam que as autoridades russas enviem novos dados para que sejam analisados pela Anvisa. Somente o Consórcio Nordeste, que integra os estados da Região, possui contratos que somam 37 milhões de doses do imunizante. O governador do Piauí e líder do Consórcio Nordeste nas negociações para aquisição da Sputnik V, Wellington Dias (PT), disse que as autoridades russas enviarão à Anvisa as respostas e os documentos referentes a cada um dos pontos que foram questionados pela Anvisa.
Ainda conforme a reportagem, existem outros seis pedidos de importação da Sputnik V, feitos por quatro estados e dois municípios com o prazo corrente na Anvisa: Pará, Alagoas, Tocantins e Amapá; além dos municípios de Maricá (RJ) e Niterói (RJ).
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, a negativa da Anvisa representa "uma frustração na expectativa que a gente tinha. Infelizmente, a previsão de vacinar em número considerável só no segundo semestre parece ser real. Por ora, como está, só vamos acelerar o ritmo no segundo semestre".
"Se a União tem interesse, devia fazer essa interlocução com a Rússia (para obter dados da vacina), até isso quem tentou fazer foram os estados. Além disso, o governo rejeitou vacinas quando estavam disponíveis. Agora, quando vamos tentar correr atrás do prejuízo, já tem um monte de gente na frente"< completou.
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