Doria chama Bolsonaro de "negacionista" e diz que São Paulo vacinará pessoas de outros estados
Após Jair Bolsonaro cancelar um protocolo de compra da Coronavac, o governador de São Paulo, João Doria, qualificou o ex-capitão como um "notório negacionista”. Ele também disse ser possível que pessoas de outros estados que estejam em São Paulo tenham acesso ao imunizante
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247 - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que Jair Bolsonaro “se notabilizou internacionalmente como negacionista” e afirmou ser possível que pessoas de outros estados que estejam em São Paulo ou viajem para o estado tenham acesso à vacina contra a Covid-19. Declaração de Doria foi feita um dia após Jair Bolsonaro anunciar o cancelamento de um protocolo de compra de 46 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
“Não foi eu que declarei que (a pandemia da Covid-19) era uma gripezinha, não ofereci cloroquina à população e nem à ema do Palácio da Alvorada. Não falei que quem faz isolamento, usa máscara é covarde. Todas essas afirmações são do Presidente Jair Bolsonaro, um notório negacionista, uma pessoa que se notabilizou internacionalmente como negacionista. Eu não faço política com a vacina”, disse Doria nesta quinta-feira (22) em entrevista à Radio CBN, de acordo com reportagem do jornal O Globo.
“Desautorizou o ministro, humilhou seu ministro desautorizando publicamente. É inacreditável que numa pandemia um presidente coloque esse vértice eleitoral e essa obsessão pela sua reeleição e obsessão em relação a mim”, completou o governador em referência ao protocolo assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e que foi cancelado horas depois por uma decisão de Bolsonaro.
Ainda segundo o governador, é possível que pessoas de outros estados de passagem por São Paulo sejam vacinadas com o imunizante produzido nos laboratórios do Butantan. “São Paulo nunca fecha as portas a ninguém. Os hospitais de SP, as unidades básicas de saúde sempre atenderam pessoas, inclusive de outros estados”, disse. Ainda segundo ele, “seria legítimo e absolutamente correto, além de humanitário, que atendêssemos na vacinação pessoas de outros estados que estivessem aqui ou para cá se dirigissem”.
Apesar da declaração, Doria evitou falar em datas para que a vacina seja disponibilizada à população.
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