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Cultura

Henry Bugalho: “é preocupante ver o governo intimidando pessoas”

Escritor, que tem um canal no Youtube com mais de 300 mil inscritos, teve seu livro censurado por uma ameaça comercial que partiu do MEC, principal comprador de livros do País. “Você vê algo se repetindo, com propaganda, com produtores culturais, com filme agora, né? É um padrão que vem sendo repetido”, disse Henry Bugalho à TV 247

Henry Bugalho (Foto: Reprodução)
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Por Stefani Costa, 247 - O escritor Henry Bugalho foi um dos convidados do Conexão Lisboa desta semana, ao lado do editor da Kotter Lisboa, Marcos Pamplona. Henry falou sobre a censura que sofreu com o seu novo livro, que sairia no final deste ano em parceria com Heloísa de Carvalho (filha do guru do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho).

O material, que já estava praticamente pronto para ser publicado, foi suspenso pela editora depois de uma 'ameaça comercial' feita por parte do Ministério da Educação (MEC), um dos maiores compradores de livros do país.

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"Quando você tem um governo te ameaçando, tem que pensar que somos humanos aqui. Ninguém quer pôr uma empresa em risco ou pôr sua integridade física em risco", afirmou Henry Bugalho, que também é filósofo e possui um canal no Youtube com mais de 300 mil inscritos.

Depois do ocorrido, a Editora 247 e a Kotter Editorial farão a publicação e distribuição do livro. Ainda não há uma data oficial de lançamento, mas a previsão é que o material esteja disponível para venda já no primeiro trimestre de 2020.

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"É preocupante quando você vê o governo intimidando pessoas. Uma coisa é você ter uma empresa, por exemplo, um jornal. O jornal vai lá e, por uma decisão editorial, resolve não publicar uma matéria por seguir certo viés. É uma empresa decidindo o que ela quer fazer. Quando você tem o governo impondo o que você pode ou não fazer, isso é de fato a censura, que a gente tem medo. Uma censura de um governo reacionário, ultraconservador, um governo completamente insano em alguns quesitos e que agora tem terraplanistas na Funart", completou.

Não é a primeira vez que uma pessoa tem o seu trabalho censurado pelo governo Bolsonaro. Henry também comentou sobre o caso do cantor Arnaldo Antunes, que teve o clipe da música 'O Real Resiste' retirado da programação da TV Brasil. A canção faz duras críticas ao atual governo. A rede de televisão pública também proibiu que o nome de Marielle Franco - vereadora assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro - fosse mencionado.

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"Você vê algo se repetindo, com propaganda, com produtores culturais, com filme agora, né? 'A vida invisível' (longa representante do Brasil no Oscar, dirigido por Karim Aïnouz), que seria projetado pela Ancine, foi proibido também. Você tem visto isso de maneira sistemática. É um padrão que vem sendo repetido", explicou Henry Bugalho.

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