BNDES defende investimentos na área de defesa militar: setor estratégico

Proposta está atualmente em avaliação pelo banco, com planos de ser apresentada posteriormente ao Ministério da Defesa e ao comando de Governo

BNDES e militares
BNDES e militares (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reuters)


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247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emitiu uma nota destacando a importância dos investimentos na área de defesa militar como um setor estratégico para o país. A declaração surge em meio ao surgimento da notícia de que o governo planeja a criação de um fundo de financiamento para a indústria de defesa brasileira.

Na nota, o BNDES ressaltou que a indústria de defesa desempenha um papel crucial na geração de tecnologia, valor agregado, empregos e renda para o Brasil. Além disso, a relevância desse setor está expressa na missão definida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e faz parte do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Dentro da nova política industrial do governo, o BNDES está na fase preliminar de discussão de alternativas de apoio ao complexo industrial da defesa. Isso inclui o uso de recursos públicos e privados para fortalecer o setor. Vale ressaltar que o BNDES já apoia exportações no setor de defesa, e essas condições serão mantidas no futuro Eximbank, que também está em discussão no governo. A proposta para o setor de defesa está atualmente em avaliação pelo BNDES, com planos de ser apresentada posteriormente ao Ministério da Defesa e ao comando de Governo.

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A criação do fundo para a indústria de defesa brasileira, que utilizará contratos de vendas de armas como garantia para empréstimos, tem como objetivo fornecer uma fonte adicional de recursos para empresas estatais que atuam no setor. Isso permitirá que os gastos com insumos e outros investimentos fiquem fora dos limites previstos no arcabouço fiscal.

A iniciativa envolve a colaboração dos Ministérios da Defesa, Indústria e Comércio e Fazenda, e busca fortalecer a indústria de defesa, visando atingir uma parcela maior do orçamento, almejando chegar a 2% do PIB, em contraste com o 1,05% recebido em 2022. O financiamento de exportações é o foco principal do fundo, com os lucros das vendas sendo utilizados para pagar os empréstimos do BNDES, que, por sua vez, serão reinvestidos na compra de insumos e no desenvolvimento das empresas do setor.

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A escassez global de produtos de defesa, agravada pela situação na Ucrânia, abre oportunidades para a entrada de novos fornecedores no mercado internacional. Atualmente, o setor de defesa já representa 4,8% do PIB brasileiro e possui um grande potencial de expansão das exportações, especialmente para o Oriente Médio, Sudeste Asiático e África.

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