Brasil ultrapassa 5 milhões de empregos formais criados desde 2023
Dados do Novo Caged mostram recorde histórico de vínculos ativos e desemprego no menor nível da série
247 - O mercado de trabalho brasileiro alcançou um marco histórico ao superar a criação de 5 milhões de empregos com carteira assinada desde janeiro de 2023. O resultado ocorre em um cenário de desemprego no menor patamar já registrado no país, com taxa de 5,2%, reforçando a recuperação consistente da economia e a expansão do emprego formal.
As informações constam nos dados do Novo Caged, divulgados nesta terça-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o levantamento, apenas no mês de novembro de 2025, o saldo foi positivo em 85.864 vagas formais, resultado de 1.979.902 admissões e 1.894.038 desligamentos.
Com esse desempenho, o Brasil chegou a 49,09 milhões de vínculos formais ativos, o maior número já registrado na série histórica do Novo Caged. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o saldo alcançou 1,89 milhão de novos postos de trabalho, com resultados positivos em todos os grandes setores da economia.
O avanço do emprego formal mantém uma trajetória contínua desde o início da atual gestão. Em 2023, o saldo foi de 1,455 milhão de vagas com carteira assinada. No ano seguinte, 2024, o número subiu para 1,678 milhão, consolidando um ciclo de crescimento sustentado do mercado de trabalho.
O setor de Serviços foi o principal motor da geração de empregos em 2025. Entre janeiro e novembro, foram criados 1.038.470 postos formais, uma expansão de 4,5%. Dentro do segmento, destacaram-se as áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que somaram 409.148 vagas, além de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, com 317.540 novos empregos.
O Comércio também apresentou desempenho expressivo, com saldo positivo de 299.615 postos formais no ano, crescimento de 2,8%. O comércio varejista liderou o avanço, com 186.268 vagas, seguido pelo comércio atacadista, com 67.888, e pelo segmento de reparação de veículos e motocicletas, que gerou 45.459 postos.
Na Indústria, o saldo acumulado de janeiro a novembro foi de 279.614 novos empregos formais. Os destaques ficaram por conta da fabricação de produtos alimentícios, com 71.845 vagas, e das atividades de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, que criaram 20.304 postos.
A Construção civil registrou a abertura de 192.176 vagas formais no período. O crescimento foi impulsionado pela construção de edifícios, com 79.304 novos postos, pelos serviços especializados para a construção, que somaram 58.051 vagas, e pelas obras de infraestrutura, responsáveis por 54.821 empregos.
A Agropecuária também manteve saldo positivo em 2025, com a criação de 85.276 postos de trabalho. Os principais destaques foram o cultivo de laranja, com 14.446 vagas, os serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita, com 8.979, e o cultivo de soja, que gerou 8.059 empregos formais.
No recorte específico de novembro, apenas dois dos cinco grandes setores apresentaram saldo positivo. O Comércio liderou com 78.249 vagas, seguido pelos Serviços, com 75.131. As maiores contribuições vieram de hipermercados e supermercados, que criaram 17.886 postos, e do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 17.362 vagas.
No mesmo mês, registraram saldo negativo a Agropecuária, com perda de 16.566 postos, a Construção, com menos 23.804 vagas, e a Indústria, que fechou 27.135 empregos formais.
Entre os estados, São Paulo apresentou o maior saldo absoluto em novembro, com 31.104 vagas, seguido por Rio de Janeiro, com 19.961, e Pernambuco, com 8.996. Já nas variações relativas, os maiores crescimentos foram observados na Paraíba, com alta de 0,7%, e em Amazonas e Alagoas, ambos com avanço de 0,6%.
Em relação à remuneração, o salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.310,78, mantendo-se praticamente estável frente a outubro, quando havia sido de R$ 2.305,00. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, já descontados os efeitos sazonais, houve aumento real de R$ 67,95, o que representa uma alta de 3,03%.



