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Em protesto no centro do Rio, manifestantes denunciam truculência do alto comando da Eletrobrás

Sindicatos protocolaram denúncias no Tribunal Superior do Trabalho, no Ministério de Minas e Energia, na Agência Nacional de Energia Elétrica e deflagraram greve prevista agosto

Ato contra políticas persecutórias da Eletrobrás (Foto: Victor Costa/Arquivo Pessoal)

247 - Cerca de 600 manifestantes entre trabalhadores da Eletrobrás e familiares, dirigentes sindicais e movimentos populares denunciaram assédio moral coletivo contra funcionários da companhia privatizada. Eles criticaram a entrega da empresa promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (2019-2023). De acordo com representantes sindicais, "Ikaro Chaves, liderança nacional da luta contra a privatização e pela reestatização da Eletrobrás, teve processo administrativo de demissão por justa causa aberto por pura perseguição política". A categoria teve um encontro nesta sexta-feira (21) por mais de quatro horas na porta da sede da Eletrobras no Centro do município do Rio de Janeiro (RJ).

Sindicalistas também disseram ter sido obrigados a assinar o plano de demissão em curso. Os sindicatos acionaram judicialmente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e deflagraram greve de 72 horas nos dias 09, 10 e 11 de agosto. A categoria protocolou denúncias no Ministério de Minas e Energia e na Agência Nacional de Energia Elétrica. 

"O ambiente conflituoso só cresce e o recado dos trabalhadores é de que não vão recuar. A direção da Eletrobras de forma covarde e repressora decidiu perseguir os dirigentes sindicais da empresa", continuaram. "O clima na empresa está péssimo, hostil. Crescem os números de acidentes de trabalho e a condução irresponsável dos processos de demissão e reestruturação colocam em risco o sistema elétrico brasileiro de acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários".

Com 16 anos de dedicação à Eletrobrás, Ikaro Chaves se tornou alvo interno devido às suas críticas à privatização da estatal e, agora, enfrenta o risco de perder o emprego. Ele enfrenta o risco de perder o emprego por supostamente violar o “código de ética” da empresa. O questionamento da privatização, segundo o Partido dos Trabalhadores, não só é legítimo como também é amparado pela estabilidade no emprego até abril de 2024.