Galípolo: Banco Central não defende nível de câmbio e só atua em caso de disfuncionalidade
O câmbio é flutuante, o que é "importante para absorver choques", disse o futuro presidente da autoridade monetária
Fabrício de Castro, Reuters - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou nesta sexta-feira que a autarquia não defende um nível para a taxa de câmbio e que só intervém no mercado em caso de disfuncionalidades.
Durante evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em São Paulo, Galípolo foi questionado sobre possíveis intervenções do BC no mercado, considerando o movimento do dólar nos últimos dias.
"Sempre explicamos que o BC atua no câmbio em função de disfuncionalidades", afirmou Galípolo no início da sua resposta. Na sequência, acrescentou que no caminho até o evento conversou com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o assunto.
"Estava trocando ideia no carro com Roberto sobre o tema", disse Galípolo, sem se aprofundar na questão. No evento, Galípolo também citou que o câmbio é flutuante, o que é "importante para absorver choques".
Desde quarta-feira o mercado de câmbio brasileiro tem enfrentado forte pressão, em meio à avaliação negativa feita pelo mercado do pacote de cortes de gastos, anunciado pelo governo Lula.
Na sessão desta sexta-feira, o dólar à vista chegou a ser cotado em 6,11 reais — recorde. Atual diretor de Política Monetária, Galípolo assumirá a presidência do BC em janeiro, no lugar de Campos Neto.
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