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Leilão do canal do Porto de Paranaguá abre nova era de concessões portuárias no Brasil, diz Silvio Costa Filho

Ministro destaca investimento de R$ 1 bilhão e afirma que modelo será replicado em Santos, Itajaí e Bahia, fortalecendo a economia nacional

Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participa do 2º Bloco de Leilões Portuários na B3. Porto de Maceió e do Rio de Janeiro (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

247 – O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o leilão do canal de acesso do Porto de Paranaguá, o primeiro do tipo realizado no Brasil, será um modelo para futuras concessões no país. Em entrevista à Agência Gov, o ministro destacou que o projeto representa um marco histórico e deve impulsionar novos investimentos em infraestrutura portuária.

Segundo Costa Filho, o setor portuário brasileiro vive um momento de expansão. “Neste ano de 2025, já tivemos um crescimento de quase 5% no setor e mais de 10% nas operações de contêineres. Isso estimula o crescimento econômico, gera empregos e amplia as concessões e investimentos em infraestrutura”, afirmou.

Expansão da capacidade e novos investimentos

O leilão do canal de Paranaguá prevê investimentos superiores a R$ 1 bilhão, com obras que vão ampliar o calado de 13 para 15 metros. A mudança permitirá a entrada de navios maiores, aumentando a capacidade logística e operacional do porto. “Quanto maior o navio, mais carga se movimenta. E mais cargas significam mais desenvolvimento e empregos”, explicou o ministro.

Costa Filho afirmou ainda que o sucesso do leilão de Paranaguá abrirá caminho para novos projetos semelhantes nos portos de Santos, Itajaí e Bahia. “A ideia é replicar esse formato e fortalecer todo o setor portuário brasileiro, ampliando as operações e melhorando a infraestrutura logística do país”, disse.

Leilão offshore no Rio de Janeiro e a retomada da indústria naval

O ministro também destacou o leilão do Terminal Offshore do Rio de Janeiro, voltado ao apoio à produção de petróleo e gás. “É um leilão estratégico, que amplia as operações offshore e fortalece a Petrobras, que está fazendo o maior volume de investimentos da sua história — mais de R$ 40 bilhões, sendo R$ 10 a 15 bilhões apenas em navegação”, afirmou.

Esses investimentos, segundo Costa Filho, têm impulsionado a retomada da indústria naval brasileira, especialmente no Rio de Janeiro. Ele lembrou que, desde a criação da Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013), o país realizou 41 concessões em uma década, enquanto o governo do presidente Lula deve superar 60 leilões em apenas quatro anos.

Modernização do terminal de passageiros de Maceió e o impacto no turismo

Outro destaque recente foi o leilão do terminal de passageiros do Porto de Maceió, voltado para o turismo e a recepção de cruzeiros. “O Brasil está batendo recordes no turismo. O turismo internacional cresceu 14%, e o doméstico, mais de 10%. A cada quatro turistas que chegam a uma cidade, é gerada uma oportunidade de emprego”, disse o ministro.

Ele afirmou que o terminal modernizado permitirá receber navios de cruzeiro nacionais e internacionais, ampliando a movimentação turística no Nordeste. “Isso fortalece a economia local e ajuda a gerar emprego e renda. O maior programa social do Brasil é o emprego e a renda”, enfatizou Costa Filho.

Programa Voa Brasil atinge 50 mil reservas

Ao final da entrevista, o ministro celebrou o avanço do programa Voa Brasil, que atingiu 50 mil passagens emitidas. A iniciativa permite que aposentados viajem com bilhetes aéreos de até R$ 200, sem uso de recursos públicos. “É o primeiro programa de inclusão social da aviação no país. Muitos aposentados estão podendo rever familiares e conhecer novas regiões. Recebi o depoimento de um casal de Fortaleza que, depois de oito anos, conseguiu visitar os netos em São Paulo graças ao Voa Brasil”, contou.

Costa Filho destacou que o programa tem transformado a vida de milhares de brasileiros. “Depoimentos como esse nos motivam a ampliar o projeto em todo o país”, concluiu.

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