Seminário Brasil-China, promovido pela Apex, reunirá Lula, premiê chinês e 400 empresários para fortalecer laços comerciais
Evento em Pequim marca nova fase da parceria bilateral e busca diversificar exportações brasileiras para a segunda maior economia do mundo
247 - O governo brasileiro confirmou a realização do Seminário Empresarial China-Brasil: Fortalecendo a Parceria Estratégica no próximo dia 12 de maio, em Pequim. O evento, que integra a visita oficial do presidente Lula (PT) à China, contará com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e reunirá cerca de 400 empresários dos dois países.
A iniciativa é organizada em conjunto pela ApexBrasil, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com apoio do Conselho Empresarial Brasil-China. O seminário será realizado no hotel St. Regis Beijing, das 9h30 às 18h (horário local), e é considerado um passo fundamental na estratégia do governo Lula para aprofundar a relação com seu principal parceiro comercial.
Encontro de alto nível e agenda estratégica - O encontro contará ainda com a participação da presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, além de diversas autoridades brasileiras e chinesas. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, fará a abertura do seminário e destacou a relevância da parceria com o gigante asiático: “fazer negócios com a China significa acesso a um dos maiores mercados consumidores do mundo, com demanda crescente por alimentos de qualidade e produtos diferenciados”.
A programação inclui painéis temáticos sobre investimentos, transição energética e segurança alimentar, além de uma sessão especial com ministros brasileiros, como Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Renan Filho (Transportes). Estão previstas ainda as participações de Aloizio Mercadante (BNDES) e Gabriel Galípolo (Banco Central).
Oportunidades para o Brasil - Segundo o Mapa de Oportunidades da ApexBrasil, divulgado neste ano, foram identificadas 400 possibilidades de exportação para a China. A lista vai desde commodities tradicionais — como petróleo, minério de ferro, soja, celulose e carnes — até itens com maior valor agregado, como alimentos processados, bioenergia, medicamentos, motores e equipamentos industriais.
A diversificação da pauta exportadora é uma das metas da atual gestão. Em 2024, o Brasil se manteve como principal fornecedor chinês de produtos como carne bovina, carne de aves, soja, celulose e açúcar. No total, 75,6% do que o Brasil exportou à China se concentrou em três itens: soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%).
A China representa atualmente 28% do total exportado pelo Brasil e é responsável por 41,4% do superávit da balança comercial brasileira, consolidando-se como o maior investidor asiático no país. Nesse contexto, o seminário busca também ampliar os fluxos de financiamento e promover uma agenda de desenvolvimento sustentável.
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