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“Vamos mudar a matriz de desenvolvimento do Amapá”, diz Randolfe

Senador destaca que a licença para pesquisa na Margem Equatorial abre caminho para o desenvolvimento e a soberania energética do Brasil

“Vamos mudar a matriz de desenvolvimento do Amapá”, diz Randolfe (Foto: ABR)

247 - Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o senador Randolfe Rodrigues classificou como histórica a liberação da licença para pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, localizada a cerca de 170 quilômetros da costa do Amapá. Segundo ele, trata-se de um marco que pode redefinir a matriz de desenvolvimento do estado e abrir uma nova fronteira energética para o país.

O parlamentar ressaltou que, pela primeira vez, o Amapá tem a oportunidade de transformar sua base econômica a partir de uma riqueza natural de impacto global. “Hoje começa a mudança da história do Amapá”, afirmou. Para Randolfe, a iniciativa coloca o Brasil em posição estratégica diante de um cenário internacional em que países vizinhos, como Guiana e Suriname, já exploram petróleo com forte participação de multinacionais estrangeiras.

O senador enfatizou que a decisão representa também uma vitória da soberania nacional, já que a operação está sob responsabilidade da Petrobras. “Nós vamos ter um diferencial em relação aos outros, porque será uma empresa brasileira que fará a pesquisa e, possivelmente, a exploração. Isso garante que os recursos fiquem no Brasil e especialmente no Amapá”, destacou.

Licença ambiental e primeiros passos

Randolfe explicou que a autorização concedida pelo Ibama corresponde à fase de pesquisa, sem extração imediata. Um navio-sonda fará a perfuração do chamado Poço de Morfeu para confirmar a existência de óleo, avaliar a quantidade disponível e analisar a viabilidade comercial da exploração. “Essa autorização sai com todo o cuidado ambiental necessário… o navio vai responder três perguntas básicas: se existe óleo, qual é a quantidade e se essa quantidade é viável do ponto de vista comercial”, detalhou.

O senador defendeu que a condução do processo pela Petrobras, em conformidade com regras ambientais rigorosas, garante segurança e credibilidade. Ele fez questão de diferenciar o atual momento de gestões anteriores, que, segundo ele, enfraqueceram a estatal e dificultaram avanços estratégicos no setor.

Desenvolvimento sustentável e povos originários

Além do impacto econômico, Randolfe ressaltou a importância de destinar parte dos royalties da produção para a preservação ambiental e para comunidades locais. O parlamentar é autor de um projeto que prevê a aplicação de recursos em iniciativas voltadas a povos originários e comunidades tradicionais. “Queremos que essa riqueza financie não apenas o desenvolvimento, mas também a proteção da Amazônia e a valorização de quem sempre cuidou dessa região”, disse.

Um novo ciclo para o Amapá e o Brasil

Para Randolfe, a Margem Equatorial pode se tornar um novo pré-sal, com potencial de gerar empregos, impulsionar a arrecadação e sustentar políticas públicas de longo prazo. Mais do que um avanço regional, ele enxerga o início de um ciclo de transição energética sustentável para todo o país. “Temos tudo para fazer dessa experiência um exemplo de exploração bem-sucedida e responsável para o mundo”, concluiu. Assista: 

 

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