Filha de brasileira atacada e morta na Argentina detalha como o crime ocorreu
Maria Vilma, que era funcionária pública aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), havia viajado à capital argentina para visitar sua filha
247 - A filha da brasileira Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva Bosco, de 69 anos, morta após ser atacada em uma rua de Buenos Aires, afirmou que a mãe foi vítima de um homem com doença mental. Em entrevista ao g1, a estudante de medicina Carolina Bizinoto relatou que o crime não teve motivação de roubo.
“Ele simplesmente chegou e agrediu ela”, contou Carolina.
“A motivação é que ele é um enfermo mental, porque não roubou nada da minha mãe. O policial, no dia mesmo, me atualizou que tinham prendido quem cometeu isso, exatamente porque ele fez o mesmo com outra pessoa em outro bairro”, acrescentou a filha.
Maria Vilma, que era funcionária pública aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), havia viajado à capital argentina para visitar Carolina, que está se formando em medicina. O ataque aconteceu na última quinta-feira (6), quando ela saiu para buscar o dinheiro do aluguel da casa da filha.Segundo relato da sobrinha Paula Lima, a idosa foi agredida por um homem em situação de rua. Na queda, bateu a cabeça e sofreu traumatismo craniano. “Minha prima a viu, falou com ela. Mas na madrugada, ela faleceu”, disse Paula.
A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos. O agressor foi detido pela polícia argentina após atacar outra pessoa em um bairro diferente, segundo familiares.Natural de Itapuranga, no interior de Goiás, Maria Vilma era casada e vivia com o marido em Goiânia. Trabalhou por mais de 20 anos no TJGO e era conhecida entre colegas pela generosidade e paciência.
“Ela era muito parceira da equipe, era solícita, amiga e paciente. Ensinava com muita calma e tranquilidade”, lembrou Letiére Almeida, ex-estagiária do 10º Juizado Especial Cível, onde Maria Vilma trabalhou.A família agora aguarda a liberação do corpo para traslado ao Brasil. O caso gerou grande comoção entre amigos e ex-colegas de trabalho da vítima, que destacaram o perfil acolhedor e o carinho com que ela tratava todos à sua volta.
