Marcius Melhem usou de sua posição na Globo para coagir funcionárias e prejudicar suas carreiras, diz advogada das vítimas
Mayra Cotta, advogada responsável por defender as vítimas de assédio do caso na TV Globo, entre elas Dani Calabresa, afirma que ele “se vingava quando era rejeitado” e e “chegou a ser violento em alguns episódios”
247 - A advogada Mayra Cotta, responsável por defender as vítimas de assédio do caso Marcius Melhem, da Globo, entre elas a autora da denúncia, Dani Calabresa, afirmou em entrevista à CNN que o ex-diretor da área de humor na emissora usou de sua posição hierárquica para assediar funcionárias e que prejudicava suas carreiras.
“Escutei longamente as vítimas. Eu escutei os seus relatos e o que eu posso dizer é que Marcius Melhem foi um chefe que instrumentalizou a sua posição hierárquica para coagir suas funcionárias”, relatou Mayra. Segundo a advogada, ele chegou a “prejudicar a carreira delas” e a “se vingar quando era rejeitado e usar sua posição hierárquica para assediá-las sexualmente”. “Ele chegou a ser violento em alguns episódios”, completou.
Em entrevista ao jornalista Maurício Stycer, do UOL, neste sábado (5), Melhem negou essa descrição sobre ele, afirmou que nunca foi violento e ainda que irá processar Dani Calabresa e a advogada para confirmarem - ou negarem -, em interpelação judicial, os acontecimentos trazidos à tona pela reportagem da revista Piauí, publicada na sexta, e que segundo são “completamente fantasiosos”.