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Ciclone avança no Brasil nesta quarta e rajadas podem superar os 100 km/h; confira as regiões afetadas

A expectativa é de que o fenômeno atinja seu pico de intensidade enquanto avança para o oceano

Chuva de granizo (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - Um ciclone extratropical de forte intensidade avança em direção ao litoral do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (10) e deve provocar ventos extremos, temporais e transtornos em diversas regiões do país. A informação é do Climatempo. Formado na terça-feira (9) sobre o Sul do Brasil, o sistema já provocou estragos em cidades gaúchas, com registros de casas destelhadas, quedas de árvores e volumes de chuva que ultrapassaram 100 milímetros em alguns municípios. A expectativa é de que o fenômeno atinja seu pico de intensidade enquanto avança para o oceano na altura do litoral do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Climatempo, o ciclone é considerado de forte intensidade e tem potencial para gerar tempestades severas, com rajadas de vento que podem superar os 100 km/h. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu avisos para ao menos nove estados, alertando para chuva intensa e ventos fortes, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.

As áreas que devem sentir os efeitos mais intensos incluem Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo, serra e sul do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e partes de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. As rajadas mais fortes, entre 90 km/h e 120 km/h, devem se concentrar em áreas serranas e litorâneas, principalmente no RS e em Santa Catarina.

Riscos mapeados pelos órgãos de monitoramento

O Cemaden emitiu alertas de risco moderado para alagamentos e deslizamentos em cidades como São Paulo, Campinas, Petrópolis, Belo Horizonte e Juiz de Fora. No Sul, áreas de Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul e Florianópolis também estão sob monitoramento devido à possibilidade de deslizamentos em encostas e inundações urbanas.Os alertas se dividem em categorias hidrológicas, que contemplam alagamentos e cheias rápidas de córregos, e geológicas, relacionadas a deslizamentos e quedas de barreiras. Em cenários mais críticos, as autoridades não descartam a necessidade de evacuações preventivas.

Como o ciclone se formou

O sistema começou a se intensificar a partir de uma área de baixa pressão entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o território gaúcho. Com a queda acentuada da pressão atmosférica, houve fortalecimento das rajadas de vento e intensificação da convecção, favorecendo o desenvolvimento de nuvens do tipo cumulonimbus, responsáveis por granizo, raios e microexplosões atmosféricas.

Em episódios dessa natureza, especialistas alertam que não se pode descartar a ocorrência de rajadas destrutivas associadas à formação pontual de tornados.

Impactos esperados por região

No Sul, o Rio Grande do Sul concentra o maior risco, com a quarta-feira sendo considerada o dia mais crítico para a ventania. Em Santa Catarina, a previsão é de chuva intensa e ventos muito fortes, especialmente entre os dias 9 e 10 de dezembro. No Paraná, a instabilidade deve persistir, com rajadas mais frequentes ao longo do dia.

No Sudeste, embora o ciclone não avance diretamente sobre a região, seus efeitos indiretos devem aumentar a ventania em São Paulo, no litoral e na região metropolitana, além do centro-sul do Rio de Janeiro e áreas serranas. Em Minas Gerais, o alerta se estende ao Sul de Minas, Zona da Mata, Triângulo Mineiro e Grande Belo Horizonte.No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul surge como o estado mais impactado, com expectativa de rajadas moderadas a fortes. Goiás e Mato Grosso devem registrar instabilidade em menor intensidade.

Orientações à população

Órgãos de Defesa Civil orientam que a população evite áreas costeiras durante o período mais crítico do sistema e não se abrigue sob árvores durante as tempestades. Também é recomendado reforçar estruturas de telhados e remover objetos soltos que possam ser arremessados pelo vento, além de acompanhar os alertas oficiais.

A previsão é de que o ciclone comece a se afastar gradualmente do Brasil a partir de quinta-feira (11), quando o centro do sistema já estará em alto-mar. Ainda assim, os ventos e o mar agitado devem persistir nas áreas costeiras do Sul por mais algum tempo.Dezembro é tradicionalmente um mês propício à formação de sistemas severos, mas meteorologistas destacam que a intensidade deste evento exige monitoramento constante.

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