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Solidariedade global é única maneira de salvar a Amazônia das queimadas, diz chefe do clima na ONU

Simon Stiell destacou a importância de os países implementarem as promessas feitas nos planos climáticos apresentados durante as COPs

Secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell (Foto: Amr Alfiky / Reuters)

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247 - Em meio à crise ambiental que afeta a Amazônia, o chefe do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), Simon Stiell, fez um apelo contundente por uma ação coletiva global para conter as queimadas e outros desastres climáticos. Em entrevista ao blog do Américo Martins, da CNN Brasil, o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima destacou que a solidariedade internacional é fundamental para proteger a maior floresta tropical do planeta.

"A única maneira de vermos uma diferença no que estamos acompanhando em termos desses eventos extremos induzidos por mudanças climáticas é por meio da solidariedade global, ação global, para cumprir o Acordo de Paris”, declarou, ressaltando que a floresta é crucial no combate às mudanças climáticas.

A seca severa e o aumento dos focos de incêndio, que já atingem diversos estados da região Norte do Brasil, evidenciam a urgência da crise. Desde julho, a Amazônia tem registrado chuvas abaixo da média histórica, o que agrava as condições ambientais e afeta populações locais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou 1.516 focos de queimadas em 27 de agosto, sendo os estados mais afetados Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu antecipar sua ida a Manaus, inicialmente prevista para terça-feira (10), devido à gravidade da seca. Ele embarcou na tarde desta segunda-feira (9) para a capital amazonense, acompanhado dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Defesa, José Múcio Monteiro, e do Meio Ambiente, Marina Silva. Hoje, Lula visita a cidade de Tefé, uma das mais afetadas pela seca, e se reúne com prefeitos para discutir medidas emergenciais, incluindo a liberação de crédito extraordinário e ações de combate à estiagem.

Stiell também destacou a importância de os países implementarem as promessas feitas nos planos climáticos apresentados durante as conferências da ONU sobre o clima (COPs). “Eles continuarão sendo apenas planos no papel, se não forem implementados”, advertiu.

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