ABI repudia agressão a jornalistas na Câmara e cobra Hugo Motta
“Com essas atitudes violentas e autoritárias, Hugo Motta perde todas as condições políticas de continuar presidindo a Câmara”, afirma a associação
247 - A sessão desta terça-feira (9) na Câmara dos Deputados ficou marcada por confunsões e confrontos. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) condenou com dureza a violência praticada dentro da Casa e o desligamento do sinal da TV Câmara, episódio que ganhou repercussão nacional.
Segundo o comunicado da entidade, os acontecimentos tiveram início quando o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi retirado à força da Mesa Diretora por agentes da Polícia Legislativa, a mando do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A ABI classificou como “um atentado à liberdade de imprensa” a decisão de expulsar jornalistas do plenário e cortar a transmissão oficial justamente no momento de maior tensão.
Na nota, a entidade destacou sua trajetória histórica em defesa da democracia e dos direitos fundamentais e afirmou que o episódio representa “o mais grave atentado à liberdade de imprensa” dentro da própria instituição responsável por zelar pelo regime democrático. A ABI repudiou as agressões dirigidas a profissionais da imprensa, parlamentares e servidores e cobrou explicações imediatas do presidente da Câmara.
A associação também responsabilizou diretamente Hugo Motta pelas ações que impediram a cobertura jornalística e limitaram o acesso da população às informações sobre a sessão. Para a entidade, as condutas do presidente da Casa são incompatíveis com a função: “Com essas atitudes violentas e autoritárias, Hugo Motta perde todas as condições políticas de continuar presidindo a Câmara dos Deputados”, afirma a nota.
O texto registra ainda solidariedade aos jornalistas e parlamentares agredidos, em especial ao deputado Glauber Braga, bem como aos servidores envolvidos na confusão.



