Após a Folha ser acusada de racismo, ombudsman diz que jornal manterá o jornalista Leandro Narloch
Ombudsman da Folha de S.Paulo, José Henrique Mariante afirmou que a empresa manterá em seus quadros o jornalista Leandro Narloch, mesmo após o jornal ser acusado de racismo pelo professor de Direito Thiago Amparo
247 - Após a Folha de S.Paulo ser acusada de racismo pelo professor de Direito Thiago Amparo por causa de um texto do jornalista Leandro Narloch, José Henrique Mariante, ombudsman do jornal, publicou um texto afirmando que a empresa não vai eliminar Leandro Narloch de seu quadro de colunistas.
"Seria apenas outra rusga entre articulistas ou emissores de opinião, exercício que este diário adora abrigar, não fosse um elemento importante que sobressai nas tantas críticas ao jornalista acusado de racismo. Ele é um alvo subsidiário. O problema mesmo está na Folha, que parece não ter entendido direito o que aconteceu na última semana", diz Mariante.
Membro do Conselho Editorial da Folha, o professor Thiago Amparo havia denunciado que o jornal deu espaço para a relativização dos danos causados pela escravidão no Brasil, após apublicação do texto com o título "Luxo e riqueza das sinhas pretas precisam inspirar o movimento negro", do jornalista Leandro Narloch.
"Perceba, o questionamento do time de colunistas negros do jornal não é se Narloch foi ou é racista, mas como a Folha pode dar guarida a uma opinião racista", continua Mariante. "O preconceito não é mais do jornalista, é do jornal que o acolheu. O mesmo jornal que montou uma editoria de diversidade, fez um trainee para jornalistas negros e que contratou essa turma acima por entender que isso era importante, que a Folha precisava de novos horizontes e públicos. Faltou combinar os limites da pluralidade? Não teria essa nova Redação outros limites? O jornal não imaginou que abraçaria um universo com tolerâncias diversas?", escreve.
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