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    Saudação nazista de Musk provoca indignação global, mas entidade judaica alivia

    Bilionário da tecnologia reproduz gesto nazista em evento pró-Trump; ADL minimiza ação e gera controvérsia

    Montagem a partir do gesto de Musk na posse de Trump (Foto: Divulgação)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Nesta segunda-feira 20, Elon Musk realizou o gesto associado à saudação nazista em pleno palco do Capital One Arena, em Washington, DC, durante um evento que celebrava a posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos. Apesar de sua clara execução, a Anti-Defamation League (ADL), organização reconhecida no combate ao antissemitismo, classificou o ato como “um gesto desajeitado em um momento de entusiasmo” e pediu calma ao público.

    Durante o discurso, Musk exaltou a vitória de Trump como “não uma vitória qualquer”, descrevendo-a como “um marco no caminho da civilização humana”. Enquanto agradecia aos apoiadores, ele bateu a mão no peito e, em seguida, estendeu o braço em ângulo ascendente, com a palma voltada para baixo e os dedos juntos, em um gesto inconfundível. As imagens do ato viralizaram imediatamente nas redes sociais, sendo amplamente reconhecido como o famoso "Sieg Heil", associado a Adolf Hitler e ao regime nazista.

    Entre os críticos, o jornalista britânico Owen Jones foi categórico:Isso honestamente não poderia parecer mais uma saudação nazista.A imprensa israelense, como o jornal Haaretz, também foi enfática, descrevendo o gesto como uma “saudação romana”, historicamente vinculada ao fascismo e ao nazismo. A publicação destacou que Musk concluiu sua fala com esse ato simbólico em um contexto que não deixa margem para interpretações ambíguas, dada a celebração de um presidente frequentemente acusado de flertar com o autoritarismo.Apesar da indignação generalizada, a ADL optou por uma postura branda, publicando no X (antigo Twitter):“Neste momento, todas as partes deveriam dar uma margem de graça umas às outras, talvez até o benefício da dúvida, e respirar fundo.

    A reação da ADL foi duramente criticada por ativistas e líderes comunitários, que acusaram a organização de minimizar a gravidade do ato. Para críticos, a defesa de Musk por parte da ADL reforça um padrão perigoso de leniência com figuras de poder, mesmo diante de gestos que simbolizam ódio e opressão.

    A repetição do gesto, somada ao contexto de apoio explícito a Trump, é interpretada por muitos como um sinal alarmante de normalização de práticas simbólicas do nazismo em espaços públicos. A presença de Musk, um dos homens mais ricos e influentes do mundo, apenas amplifica o impacto negativo do episódio.

    Para além das explicações oferecidas por seus defensores, o gesto de Musk ecoa preocupações globais sobre o ressurgimento de símbolos fascistas e discursos extremistas, especialmente em uma cerimônia destinada a consolidar o poder de uma figura polarizadora como Trump. A impunidade aparente e a tentativa de justificar atos como este abrem precedentes perigosos, alertam especialistas em direitos humanos e história.

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