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Mídia

Xico Sá critica mídia brasileira por naturalizar o fascismo bolsonarista

Para o jornalista, os donos dos jornais da imprensa hegemônica "são cúmplices da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips"

Xico Sá (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Antonio Cruz/Agência Brasil | REUTERS/Ueslei Marcelino)
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247 - Após a confissão do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips pelos irmãos Amarildo Oliveira da Costa, conhecido como ‘Pelado’, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, o jornalista Xico Sá, na noite de quarta-feira (15), se mostrou indignado no Twitter com a imprensa brasileira pela naturalização do fascismo bolsonarista.

Ele lembrou que no segundo turno da eleição de 2018, quando o ex-ministro Fernando Haddad (PT) enfrentava Jair Bolsonaro (PL) - à época no PSL -, o Estado de S. Paulo lançou um editorial dizendo se tratar de "uma escolha muito difícil" votar em Haddad ou Bolsonaro, um professor universitário contra um inexpressivo e tresloucado deputado federal, respectivamente.

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"Torna-se mui importante que a imprensa brasileira não repita a falsa e idiota simetria da 'escolha muito difícil', chega. Sob pena da imprensa brasileira ficar como cúmplice histórica de todos esses assassinatos. A mídia já foi aliada de 1964 até o golpe de 2016. Poxa, não chega?, questionou Sá.

O jornalista fez questão de distinguir o alvo de suas críticas, que não são os repórteres da imprensa tradicional, e sim os donos dos jornais. Estes, segundo ele, são cúmplices da morte de Pereira e Phillips. "Repito, ad nauseam, quando falo de mídia que segue bolsonarista não falo do chão da fábrica das redações, não me refiro aos repórteres, falo dos senhores dos aquários e donos dos meios de comunicação, que são cúmplices dos assassinatos de indigenistas e jornalistas".

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"Cadê um pronunciamento dos donos dos meios de comunicação do Brasil a essa altura contra tudo que está acontecendo? Cadê um editorial pesado contra esse sangue todo? A mídia dos herdeiros precisa se pronunciar. Ou será que ficará naquela onda da 'escolha difícil'? A mídia hereditária brasileira precisa se pronunciar", cobrou.

Na sequência, ele voltou a defender os jornalistas que estão no dia a dia das redações: "os repórteres estão na luta e no jogo, mas a mídia hereditária brasileira não faz um pronunciamento pesado contra o governo da morte. Se bobear, os senhores dos aquários (quem manda nas redações) repetirão o voto em Bolsonaro. Quase certeza. Os herdeiros de meios de comunicação hoje são também fazendeiros e já estão virando também banqueiros. Cada vez mais difícil informação independente".

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"Fico feito um besta pensando em mídia independente, esquecendo que toda e qualquer ideia de grande imprensa brasileira foi feita com grana e favores da ditadura", acrescentou.

Xico Sá afirmou que mesmo com toda a tragédia executada por Bolsonaro, os donos dos jornais continuarão tentando sabotar a candidatura do ex-presidente Lula (PT), o nome mais forte para pôr fim ao atual governo. "Tudo luta de classe. Segue toda mídia de herdeiros do Brasil contra o único candidato que pode fazer um nadinha de tudo a favor dos trabalhadores e, principalmente, dos deserdados à margem da margem da marginália. Deixem de luxo, bando de orgulhosos, comida e vida para todos, porra. Sim, os donos dos meios de comunicação lutarão até a morte contra Lula, eles não precisam de políticas públicas para botar um prato de comida dentro de casa. Escolha muito difícil, Estadão? Para com esses editoriais que lascam o Brasil".

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