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Arce faz declaração dura contra golpistas na Bolívia e promete ir até o fim para puni-los

"Não cansaremos, no âmbito de nossos poderes, de exigir o processo e punição dos autores do golpe de Estado", disse o presidente da Bolívia, Luis Arce, em sessão para comemorar a fundação da Bolívia, ocorrida em 6 de agosto de 1825

(Foto: Reprodução)
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247 - O presidente da Bolívia, Luis Arce (MAS), afirmou nesta sexta-feira, 6, que os golpistas de 2019, que derrubaram o governo eleito de Evo Morales (MAS), precisam ser sancionados e que não descansará até atingir seu objetivo. Segundo ele, é preciso punir também os “cúmplices internacionais”.

Como o empresário bilionário Elon Musk, dono da Tesla, admitiu, os norte-americanos promoveram o golpe de Estado contra o governo. Um dos interesses da Tesla, por exemplo, era desnacionalizar o lítio boliviano. Após o golpe, o governo da direita sinalizou abrir as portas da exploração do lítio para a Tesla.

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Mais de 50% dos depósitos de lítio globais se encontram no ‘Triângulo do Lítio’ - com fontes do material concentradas na Argentina, Bolívia e Chile. Os desertos montanhosos da Bolívia - o Salar de Uyuni – têm de longe as maiores reservas conhecidas.

Participação internacional no golpe

Segundo Arce, houve uma conspiração de governos de direita contra Morales, como os de Lenín Moreno do Equador (2017-2021) e de Mauricio Macri (2015-2019) da Argentina, que enviaram armas para os golpistas.

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Além disso, considera que a delegação da União Europeia (UE) em La Paz, a Igreja Católica e os ex-presidentes de direita Carlos Mesa (2003-2005) e Jorge Quiroga (2001-2002) fizeram parte da conspiração.

Punição aos golpistas

"Não cansaremos, no âmbito de nossos poderes, de exigir o processo e punição dos autores do golpe de Estado", disse Arce.

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Todos aqueles que promoveram a derrubada de Morales "devem responder à justiça pelos atos ilegais, ilegítimos e violentos que perpetraram contra o povo, a democracia e a constituição política do Estado".

Chefe do governo golpista que assumiu o poder após Evo, Jeanine Áñez está presa desde março e é investigada no âmbito de um processo criminal, assim como vários de seus ministros e ex-chefes militares e policiais. As forças de segurança participaram ativamente do golpe contra o governo do MAS.

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Enfrentamentos nas ruas e no Parlamento

As declarações de Arce ocorreram em sessão para comemorar a fundação da Bolívia, ocorrida em 6 de agosto de 1825. Na quinta-feira, 5, um dia antes, mobilizações da esquerda e da direita ocorreram e manifestantes a favor e contra o governo se confrontaram com violência.

A direita golpista, que organizou linchamentos de políticos da esquerda e a repressão de trabalhadores que saíram às ruas contra o golpe em 2019, se insurgiu no Parlamento nesta sexta durante informe de Arce, alegando que o atual presidente está promovendo a violência.

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Arce denuncia golpistas

Arce deixou claro que quem esteve por trás do governo golpista “só esperava sair após deixar o país sem recursos, sem saúde, sem educação, sem instituições culturais, sem governo, na incerteza, sem direitos humanos ou liberdade de expressão, como em todas as ditaduras da nossa história”.

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“Eles sempre querem impor com violência o que não conseguem democraticamente nas urnas”, disse ele, ao dizer que o golpe foi preparado vários meses antes, quando líderes da oposição fizeram apelos para ignorar os resultados eleitorais e ameaçaram desobediência civil.

“A direita rompeu nossa ordem constitucional com o único objetivo de agredir o Estado”, argumentou. “Memória, verdade e justiça, esse é o mandato do povo que recebemos em outubro do ano passado”, acrescentou, referindo-se a este assunto e à vitória do MAS nas eleições de 2020, nas quais foi eleito.

Mobilização popular derrotou o golpe

“Esta eleição histórica não teria sido possível sem o bloqueio de estradas nacionais e a greve geral declarada pela Central Obrera Boliviana (COB) e o Pacto de Unidade em agosto do mesmo ano”, afirmou nas redes sociais o presidente da Bolívia.

“Sem a luta, a resistência e a mobilização, a democracia não teria se recuperado e o governo de fato [golpista] teria continuado no desejo de se estender ao poder, usando a pandemia como pretexto para continuar violando direitos”, alegou, lembrando que a pandemia foi utilizada pela direita para adiar as eleições no país, ameaçando não realizar o pleito em 2020.

Informações da AFP e TeleSur

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