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      China se prepara para missão lunar em 2026 em busca de gelo de água no polo sul da Lua

      Experimento pode viabilizar uma base lunar permanente, reduzindo drasticamente os custos e o tempo necessários para transportar água da Terra

      Imagem tirada de uma animação de vídeo no Centro de Controle Aeroespacial de Beijing em 4 de junho de 2024 mostra a combinação do módulo de pouso e ascensor da sonda Chang'e-6 aguardando a decolagem da superfície da Lua (Foto: Xinhua/Jin Liwang)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - A China está preparando sua próxima missão lunar, a Chang'e-7, com lançamento previsto para 2026, que terá como objetivo principal o pólo sul da Lua. A sonda buscará confirmar a presença de gelo de água em crateras permanentemente sombreadas e testar tecnologias essenciais para atividades humanas sustentáveis no satélite natural da Terra, conforme informado pela agência Xinhua.

      A missão marca mais um passo ambicioso do programa espacial chinês, que já realizou pousos históricos no lado próximo e oculto da Lua com as missões Chang'e-3, Chang'e-4, Chang'e-5 e Chang'e-6. A Chang'e-7 será composta por um orbitador, um módulo de pouso, um explorador e um saltador móvel, equipado com um analisador de moléculas de água.

      Segundo Tang Yuhua, vice-projetista-chefe da missão, a confirmação de gelo lunar poderia revolucionar a exploração espacial, reduzindo drasticamente os custos e o tempo necessários para transportar água da Terra. Isso facilitaria a criação de uma base lunar permanente e abriria caminho para missões mais ambiciosas, como a exploração de Marte e do espaço profundo.

      Desafios extremos e inovações tecnológicas - A missão enfrentará condições extremas, incluindo temperaturas abaixo de -100°C e um terreno lunar complexo. Um dos destaques da Chang'e-7 é o saltador móvel, o primeiro do tipo, que "pulará" entre áreas iluminadas pelo sol e crateras sombreadas para realizar análises detalhadas. O módulo de pouso contará com o sistema inaugural de "navegação de imagens de referência" do espaço profundo da China, garantindo precisão no pouso. Já o saltador utilizará tecnologia de absorção de choques ativa para pousar com segurança em encostas íngremes.

      A sonda também é equipada com painéis solares otimizados para capturar a luz solar de baixo ângulo, típica das regiões polares lunares. Além disso, mais da metade de suas operações serão realizadas de forma autônoma, sem necessidade de intervenção terrestre, um avanço significativo em termos de inteligência artificial e automação.

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