Agência Brasil - Uma iniciativa do Ministério da Saúde deve ampliar o acesso à água potável para mais de 33 mil indígenas que vivem em 23 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da Amazônia Legal e da região Centro-Oeste.
Em parceria com a ONG Água é Vida e o Instituto Alok, a pasta distribuiu mais de 8,3 mil filtros com nanotecnologia a famílias que enfrentam escassez de água de qualidade, sobretudo durante períodos de seca severa. A tecnologia permite remover agentes causadores de doenças de veiculação hídrica, como a diarreia e a giardíase.
O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, afirmou que a ação reforça o compromisso do governo federal com a segurança hídrica e a proteção da população indígena. Segundo ele, a iniciativa reúne esforços para assegurar o acesso à água potável mesmo em situações críticas, prevenindo doenças e garantindo condições básicas de cuidado.
Tapeba destacou ainda a importância do uso de tecnologias adequadas e do monitoramento contínuo para orientar intervenções rápidas e alinhadas às necessidades reais das comunidades.
O filtro distribuído é um dispositivo de fácil instalação, que pode ser acoplado a baldes ou garrafas PET. Ele é capaz de filtrar até 800 mililitros por minuto e entre 60 e 100 litros por dia. A tecnologia utiliza membranas com poros de 0,1 micrômetro, permitindo a remoção de microrganismos que causam diarreia, disenteria, giardíase, infecções intestinais e vírus como rotavírus e norovírus. As famílias também receberam orientação para instalação e manutenção do equipamento.
O desempenho de cada filtro será acompanhado por meio de um aplicativo de celular que utiliza leitura de QR code para gerar relatórios georreferenciados. As informações coletadas incluem dados de qualidade da água, impactos na saúde e indicadores socioambientais das famílias atendidas.
As primeiras unidades foram entregues às famílias da Aldeia Muritinga, da etnia Mura, no DSEI Manaus (AM). O conselheiro Wallace Mura, representante do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condise), afirmou que a chegada dos filtros ocorre em um momento oportuno.
“Recentemente, tivemos um surto de diarreia e vômito em crianças e idosos. Com a chegada desses filtros, nossa expectativa é que casos como esses diminuam. É um projeto muito importante para os nossos parentes e para as nossas famílias aqui da aldeia”, afirmou.&nbsp;
Para o diretor de Projetos e Determinantes Ambientais da Saúde Indígena, Bruno Cantarella, os filtros devem oferecer mais segurança para a coleta de água em igarapés, rios e lagoas, especialmente durante a seca, reduzindo o risco de contaminação por agentes relacionados à qualidade da água.
Segundo o Ministério da Saúde, os equipamentos ajudarão a garantir água adequada para consumo nos períodos de maior restrição hídrica.

Guilherme Levorato

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Brasil Sustentável

Indígenas recebem 8,3 mil filtros para acesso à água potável

247 - O governo federal oficializou o Programa Nacional de Irrigação Sustentável para a Agricultura Familiar (Pronisaf), criado para ampliar o uso eficiente de recursos hídricos e impulsionar a produtividade no campo. O Pronisaf foi instituído por portaria divulgada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (19), com assinatura dos ministros Paulo Teixeira, Waldez Goés, Alexandre Silveira e Wellington Dias. O programa estabelece cooperação entre União, estados, municípios e sociedade civil, definindo responsabilidades técnicas e institucionais para sua implementação.
O projeto tem como eixo central a disseminação de tecnologias de irrigação de baixo impacto ambiental, articuladas ao uso de fontes renováveis de energia e ao manejo agroecológico. A proposta é qualificar agricultoras e agricultores familiares para práticas de gestão hídrica mais conscientes, ampliando a oferta de alimentos saudáveis, protegendo ecossistemas e fortalecendo sistemas produtivos em comunidades tradicionais e assentamentos da reforma agrária.
Entre as diretrizes, o Pronisaf incorpora ações de conservação do solo, ampliação das formas de captação de água — incluindo o aproveitamento da chuva e sistemas de reuso de águas pluviais — e incentivo à transição agroecológica. O programa também cria mecanismos de acesso a crédito para aquisição de equipamentos de irrigação sustentável e expansão de sistemas movidos a energia limpa, como a solar.
A política dará prioridade a famílias que enfrentam limitações de irrigação, que já produzem em bases agroecológicas, que vivem em áreas de escassez hídrica ou que estejam organizadas em associações. A execução ocorrerá por meio de convênios e parcerias com estados, municípios e entidades da sociedade civil, especialmente aquelas ligadas à extensão rural.
O financiamento virá do Orçamento Geral da União e poderá ser complementado por recursos de órgãos públicos, instituições privadas e organismos internacionais. Na apresentação do programa, em julho, o ministro Waldez Goés destacou o impacto da iniciativa na infraestrutura rural. “A gente pegou parte do dinheiro dos fundos de desenvolvimento para financiar a juros baratos a irrigação e a adoção de sistemas de energia limpa para os agricultores familiares”, afirmou à época.
A expectativa do governo é que o Pronisaf contribua para aumentar a produtividade nas pequenas propriedades, gerar renda e reduzir desigualdades regionais. Ao integrar políticas públicas e estimular tecnologias sustentáveis, o programa busca consolidar um modelo de desenvolvimento rural que combina inclusão social, segurança alimentar e respostas aos desafios da crise climática.

Irrigação sustentável ganha novo impulso para fortalecer agricultura familiar

247 - A embarcação Uiara, desenvolvida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), iniciou nesta terça-feira (30) sua primeira missão oficial. O barco partiu da Base Naval de Aratu, na Bahia, e segue rumo a Manaus, onde será incorporado às operações de monitoramento hídrico na Amazônia.&nbsp;
Construída no Estaleiro B3, em Simões Filho (BA), a Uiara é a primeira das duas Embarcações de Apoio Fluvial (EapFlu) projetadas para atuar em regiões de difícil acesso, principalmente nos rios amazônicos. O deslocamento até Manaus conta com o apoio da Marinha do Brasil e envolve uma rota pelo litoral brasileiro até a foz do Amazonas, seguindo rio acima em direção à capital amazonense.
<h2>Roteiro da viagem até Manaus</h2>
O cronograma prevê paradas estratégicas em diversas cidades ao longo da rota. No dia 4 de outubro, o navio fará escala em Fortaleza (CE) e, dependendo da autonomia, pode chegar a São Luís (MA) no dia 7. No dia 9, terá uma parada programada em Belém (PA) para reabastecimento. Entre os dias 10 e 16 de outubro, a embarcação passará por Breves, Gurupá, Monte Alegre, Santarém, Óbidos, Parintins e Itacoatiara, até chegar a Manaus em 17 de outubro.
Na capital amazonense, a Uiara receberá os ajustes finais antes da cerimônia oficial de incorporação, em data ainda a ser confirmada. A operação contará com o suporte do 9º Distrito Naval e do Serviço Geológico do Brasil (SGB), parceiro da ANA na Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN).
<h2>Missão estratégica para a Amazônia</h2>
A ANA destaca que a criação das embarcações Uiara e Jaci tem como objetivo superar os desafios logísticos enfrentados no monitoramento de rios da Amazônia. Com 4,5 mil estações em todo o país — 1,9 mil fluviométricas e 2,8 mil pluviométricas —, a rede nacional mede níveis e vazões de rios e índices de chuva.
A Uiara foi equipada com instrumentos capazes de medir vazão, qualidade da água e transporte de sedimentos. Essas informações são fundamentais para a gestão integrada dos recursos hídricos e para a fiscalização dos usos da água no Brasil.
<h2>Nome escolhido em consulta pública</h2>
Em 2024, a ANA e o SGB realizaram uma votação para escolher os nomes das duas embarcações. Uiara, que significa “mãe d’água” ou “a dominadora”, venceu com 31,8% dos votos. Já Jaci, nome associado à deusa lua dos povos indígenas, ficou em segundo lugar, com 19,4%. A decisão foi homologada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da ANA em outubro do mesmo ano.
A segunda embarcação, Jaci (EapFlu 2), também está sendo construída no Estaleiro B3, com previsão de conclusão em 2026, sob supervisão da Diretoria de Engenharia Naval da Marinha.
Com a chegada da Uiara à Amazônia, a ANA fortalece o monitoramento hidrológico em uma das regiões mais estratégicas e desafiadoras do país, ampliando a capacidade de fiscalização e a produção de dados essenciais para a preservação dos recursos hídricos.

Embarcação Uiara, projetada para monitorar águas fluviais

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Uiara inicia missão pioneira de monitoramento hídrico nos rios da Amazônia

247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defendem que a Advocacia-Geral da União (AGU) recorra a tribunais internacionais para contestar a aplicação da Lei Magnitsky dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, anunciada pelo governo estadunidense nesta quarta-feira (30), que prevê sanções - com base na legislação norte-americana - a pessoas acusadas de violações de direitos humanos.
Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/07/30/ministros-do-stf-defendem-acao-da-agu-nos-eua-contra-aplicacao-de-sancoes-a-moraes.ghtml">O Globo</a>, na avaliação de integrantes da Corte brasileira, há margem para que o caso seja questionado não apenas nos Estados Unidos, mas também em outras instâncias judiciais internacionais. A Lei Magnitsky é executada diretamente pelo Poder Executivo estadunidense e não requer julgamento ou condenação prévia para que sanções sejam aplicadas. Trata-se de uma decisão administrativa, muitas vezes baseada em relatórios ou denúncias de órgãos multilaterais.
As sanções previstas incluem o bloqueio de bens localizados em território norte-americano, como contas bancárias, investimentos e imóveis. Além disso, o uso do sistema financeiro dos EUA é automaticamente vedado ao atingido. Na prática, isso significa que transações em dólar e cartões de crédito de bandeiras de empresas estadunidenses ficam suspensos, mesmo fora da jurisdição dos Estados Unidos.
Para os ministros do STF, a iniciativa da Casa Branca fere princípios básicos da legalidade internacional, uma vez que as punições são impostas sem julgamento e com efeitos extraterritoriais. Com isso, os magistrados esperam que a AGU reforce sua atuação internacional para resguardar autoridades brasileiras.
A Advocacia-Geral da União já monitora outro processo nos EUA envolvendo Alexandre de Moraes. O órgão, responsável pela representação jurídica dos Três Poderes, acionou seu escritório nos Estados Unidos para acompanhar ações judiciais movidas contra o ministro por duas empresas: a plataforma Rumble e o conglomerado Trump Media &amp; Technology Group.
As companhias alegam que Moraes teria ferido a Primeira Emenda da Constituição americana — que assegura a liberdade de expressão — ao determinar a exclusão de contas de influenciadores brasileiros de extrema direita na plataforma Rumble. Segundo a ação, a decisão do ministro configuraria tentativa de censura.

Paulo Emilio

Ministro Alexandre de Moraes, do STF
09/06/2025


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Brasil

Ministros do STF pressionam AGU a reagir nos tribunais internacionais contra sanções dos EUA a Moraes

247 - A indústria têxtil, historicamente ligada a impactos ambientais, vem se reinventado para reduzir suas consequências no meio ambiente. No Junho Verde, mês de conscientização ambiental, essa pauta ganha destaque, reforçando a importância de soluções que aliam qualidade e responsabilidade socioambiental. Desde 2020, a Up Baby, marca de moda infantil, mantém a linha Nature, desenvolvida justamente com o propósito de reduzir o uso de recursos naturais. 
Produzida com malhas tingidas de forma sustentável, a linha passa por três processos ajustados para otimizar o consumo de água, energia e tempo: preparação, coloração e acabamento. Logo na primeira fase, há uma redução de 40% no uso de água, além de 12% na temperatura e 67% no tempo de execução, em comparação aos métodos tradicionais. 
O tingimento utiliza pigmentos naturais obtidos de fontes renováveis, como plantas, sementes, raízes e frutos, substituindo os corantes sintéticos derivados do petróleo. “Essa técnica reduz a toxicidade dos efluentes, minimiza a emissão de poluentes e diminui a necessidade de recursos ambientais”, destaca Michelle Sabbagh Poerner, Gerente de Produto. 
Na etapa de lavagem, os resultados são ainda mais expressivos, com uso de água reduzido em 60%, temperatura diminuída em 55% e tempo encurtado em 83%. “Esses índices são especialmente relevantes, considerando que a coloração é um dos procedimentos mais poluentes e consumidores no têxtil. Nosso compromisso é seguir inovando e promovendo uma produção cada vez mais consciente e responsável”, completa Michelle.

Tingimento sustentável reduz em até 60% o uso de água na produção têxtil

247 - A crescente preocupação com a preservação ambiental tem levado muitas empresas a repensar suas práticas e produtos. Nesse contexto, a busca por soluções que aliam sustentabilidade e eficiência tornou-se essencial. Comprometida com a redução do impacto ambiental, a Colormaq adota tecnologias que diminuem o consumo de água e energia, mantendo a qualidade e a praticidade de seus eletrodomésticos — como os tanquinhos, que oferecem uma alternativa mais sustentável para o dia a dia.
Os tanquinhos da marca foram desenvolvidos para promover o uso eficiente da água, com ciclos de lavagem otimizados e motores de alta performance. Após cada ciclo, a água pode ser reutilizada em novas lavagens ou em tarefas domésticas, como a limpeza de pisos, contribuindo para a redução do desperdício. Reconhecidos pela economia e eficácia, estão entre os mais sustentáveis do mercado. Além disso, a marca utiliza materiais recicláveis em sua fabricação e adota práticas produtivas que minimizam resíduos, fortalecendo um ciclo de vida mais responsável e alinhado à sustentabilidade.
A durabilidade também é um dos diferenciais dos tanquinhos, que se destacam pela resistência e longa vida útil — reduzindo a necessidade de substituições frequentes e, consequentemente, o impacto ambiental. Produzidos com materiais recicláveis, os produtos refletem o compromisso da marca com práticas sustentáveis em toda a sua cadeia.
Mais do que fabricar eletrodomésticos com menor impacto ambiental, a empresa incentiva práticas de consumo consciente e descarte adequado, promovendo a educação ambiental entre seus consumidores.
Ampliando suas iniciativas ecológicas, a fabricante firmou parceria estratégica com a Ambipar, líder global de gestão ambiental. Com sua expertise, a Ambipar colabora no aprimoramento de processos internos e na expansão de práticas sustentáveis, apoiando a Colormaq no desenvolvimento de soluções que atendem às necessidades dos consumidores e promovem a preservação dos recursos naturais.
“A responsabilidade ambiental é um compromisso real, presente em todas as etapas do nosso processo produtivo. Nossa parceria com a Ambipar reforça essa missão, promovendo práticas como a reciclagem e o descarte consciente de resíduos. Acreditamos que pequenas escolhas geram grandes transformações”, afirma Simone Fonseca, responsável pela área de Meio Ambiente da fabricante.
Essa união representa mais do que a adoção de práticas sustentáveis — simboliza um compromisso genuíno com a transformação da indústria e a conscientização dos consumidores. Integrando tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental, a parceria reforça o propósito de oferecer produtos eficientes, alinhados a um consumo mais consciente.
"Na Ambipar, acreditamos que a sustentabilidade é um compromisso compartilhado. Nossa parceria com a Colormaq reforça essa visão, unindo inovação e responsabilidade ambiental para minimizar impactos e promover um futuro mais sustentável. Por meio do descarte consciente e de práticas que reduzem o consumo de recursos naturais, trabalhamos juntos para transformar o mercado, a indústria e incentivar escolhas mais responsáveis. Afinal, cada ação faz a diferença quando o objetivo é preservar o planeta para as próximas gerações", declara Felipe Lagrotta Nassar Cury, head de pós-consumo da Ambipar.
Escolher um tanquinho Colormaq é mais do que uma decisão prática: é um compromisso com a preservação da biodiversidade e com um futuro mais equilibrado. Faça parte dessa mudança e contribua para um planeta melhor.

Redação Brasil 247

Colormaq fortalece compromisso com a sustentabilidade e anuncia parceria estratégica com a Ambipar

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz nesta quarta-feira (28) uma visita à estação de bombeamento da EBI-3, no município de Salgueiro, Sertão pernambucano. A cidade faz fronteira com a Paraíba e com o Ceará. De acordo com o governo federal, os investimentos para conserto e manutenção da motobomba chegaram a R$ 2,2 milhões. A obra faz parte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento visa garantir a segurança hídrica de cerca de 12 milhões de pessoas em quase 400 cidades nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
A confirmação feita pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República sobre as viagens de Lula veio após o presidente passar por exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF), esta semana. Nesta segunda (26), ele sentiu tontura depois do almoço, foi atendido pela médica da Presidência, Ana Helena Germoglio, que o encaminhou à unidade, e depois foi liberado. &nbsp;
No Eixo Norte do Projeto São Francisco, existem três estações, com capacidade para impulsionar a água 188 metros acima do nível do São Francisco, altura que pode ser comparada a um prédio de 58 andares. A EBI-3 tem capacidade de bombear 24 mil litros de água por segundo.&nbsp;
Atualmente, mais de 7,6 milhões de pessoas em 222 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte (os quatro estados beneficiados pela Transposição do Rio São Francisco) são atendidas pelo trecho da estação EBI-3.
A EBI-3 é um conjunto de motobombas, válvulas e acessórios interligados capazes de garantir um volume contínuo de transporte de água, entre um poço de sucção e uma área de escoamento, por meio de tubulações forçadas, tudo isso acondicionado em um prédio com três pavimentos.&nbsp;
A partir da EBI-3, as águas do Velho Chico seguem, por meio de canais e reservatórios, até os estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, para abastecer a população.

Leonardo Lucena

Nordeste

Após caso de vertigem e ida ao hospital, Lula retoma agendas e vai ao Ceará nesta quarta

247 - Em um cenário cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas, o setor da construção civil tem se transformado para atender às demandas por eficiência, responsabilidade ambiental e uso inteligente dos recursos naturais. Uma das principais estratégias adotadas pelos novos empreendimentos é a implantação de sistemas de reúso de água, capazes de reduzir de 40% até 60% o consumo de água potável, de acordo com estimativas do setor.
“Empreendimentos que apostam em soluções de reúso conseguem economizar até 60% no consumo de água potável, além de agregar valor ambiental, social e econômico ao projeto”, explica Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, empresa especializada em soluções para o tratamento de água e esgoto. Segundo ela, incorporar práticas sustentáveis nas construções, além de ser um diferencial, passou a ser um requisito básico em cidades que enfrentam escassez hídrica e sobrecarga da infraestrutura urbana.
Além da economia, sistemas de reúso contribuem para a redução do impacto ambiental e fortalecem a autonomia hídrica dos empreendimentos, muito importante em tempos de escassez de água.
Luna Nova: reúso para mais de 4 mil colaboradores - Um dos exemplos mais recentes da aplicação prática dessas soluções é o empreendimento Luna Nova, localizado no interior de São Paulo. Com capacidade para atender mais de 4 mil colaboradores, o local recebeu a implantação de uma estação de tratamento de esgoto compacta, projetada especialmente para reutilizar a água tratada em diversas frentes: descarga sanitária, irrigação de áreas verdes e limpeza de espaços comuns.
Com um sistema de fácil operação e manutenção, o projeto da NeoAcqua/AcquaBrasilis também garantiu redução de custos para o empreendimento, que deixou de depender exclusivamente do abastecimento público. “Esse tipo de sistema é ideal para condomínios residenciais, empresariais, parques industriais, centros logísticos, shopping centers e residências que buscam autonomia e responsabilidade ambiental”, afirma Sibylle.
Retrofit: modernização sustentável com menor custo - Além dos novos empreendimentos, a sustentabilidade também pode ser incorporada em edifícios &nbsp;já existentes que passam por retrofit. Trata-se de uma solução que atualiza construções &nbsp;antigas agregando tratamento de água com tecnologias modernas, compactas e eficientes, permitindo a reciclagem da água e o reuso e consequente economia de custos operacionais.
“O retrofit é uma forma de revitalizar empreendimentos que desejam se adequar a critérios ambientais mais rigorosos, obter certificações verdes e melhorar sua imagem institucional”, explica Sibylle.
Essa estratégia também contribui para a valorização imobiliária e pode representar ganhos significativos em eficiência energética e consumo hídrico. Em muitos casos, o retrofit pode integrar módulos de tratamento de águas residuais compactos com &nbsp;monitoramento remoto e operação automatizada.
Construir com consciência é investir no futuro - A urgência por soluções sustentáveis não é apenas uma pauta ambiental, mas uma necessidade concreta para cidades mais resilientes, empreendimentos mais rentáveis e populações mais protegidas. “Hoje, sustentabilidade e construção caminham juntas. Há tecnologia disponível, viabilidade técnica e retorno garantido. Vontade e planejamento são fundamentais para transformar essa visão em realidade”, conclui Sibylle Muller.
O reúso da água, aliado à inovação tecnológica e ao redesenho de processos tradicionais, mostra que é possível construir, respeitando os limites do planeta, trazendo sustentabilidade e valorização aos empreendimentos.

Construções sustentáveis ganham força com soluções de reúso de água

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que exigiu ao CEO da Apple, Tim Cook, que suspendesse a construção de fábricas na Índia destinadas a produzir dispositivos para o mercado dos EUA, pressionando a gigante de tecnologia a ampliar sua produção no território norte-americano enquanto redireciona a fabricação de sua produção da China. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/05/15/trump-diz-a-apple-nao-quero-que-voce-fabrique-na-india.ghtml">O Globo</a>.&nbsp;
Em visita oficial ao Catar, Trump relatou ter tido uma conversa com Cook, dizendo: “Tive um pequeno problema com Tim Cook ontem. Ele está construindo (fábricas) por toda a Índia. Eu não quero que você construa na Índia”. Como resultado desse diálogo, Trump afirmou que a Apple comprometeu-se a "aumentar sua produção nos Estados Unidos".
Esses comentários tornam mais difícil a estratégia da Apple de importar a maior parte dos iPhones vendidos nos Estados Unidos a partir da Índia até o final do próximo ano. A empresa vem acelerando a transição de sua produção da China, com o objetivo de mitigar os riscos de tarifas e as tensões geopolíticas. A maior parte dos iPhones continua sendo fabricada na China, e a Apple não possui fábricas de smartphones nos EUA, embora tenha prometido contratar mais trabalhadores e investir US$ 500 bilhões no mercado doméstico nos próximos quatro anos.
Para Tarun Pathak, diretor de pesquisa da empresa de análise Counterpoint, os esforços de Trump são parte de uma tática bem conhecida. “Ele quer pressionar a Apple a se localizar mais e construir uma cadeia de suprimentos nos EUA, mas isso não vai acontecer da noite para o dia. Produzir nos EUA também será muito mais caro do que na Índia", comentou.
A Apple, que vinha transferindo a produção para fora da China, acelerou esse movimento após os impactos dos rígidos lockdowns da Covid-19 em sua maior fábrica. As tarifas impostas por Trump, além das tensões entre Pequim e Washington, intensificaram ainda mais a mudança da produção.
Atualmente, as instalações da Apple na Índia produzem mais de 40 milhões de unidades anualmente, cerca de 20% da produção global da empresa. No entanto, a tentativa de fabricar iPhones nos Estados Unidos esbarra na falta de talentos locais em engenharia e manufatura, o que torna a operação quase inviável no curto prazo.
Pathak explicou que a Apple possui uma das cadeias de suprimentos mais sofisticadas do mundo, construída ao longo de anos. “Interromper isso ou sair completamente da Índia ou da China será extremamente difícil", afirmou, de acordo com a reportagem. Apesar de sua pressão pela produção nos EUA, Trump indicou que não se opõe à fabricação de iPhones na Índia para o consumo interno. “Você pode construir na Índia se quiser, para atender à Índia”, declarou.
Além disso, Trump abordou as negociações tarifárias com a Índia, mencionando que o país asiático propôs reduzir os impostos sobre produtos dos EUA. A Índia, que tem uma das maiores barreiras tarifárias do mundo, torna difícil a comercialização de produtos americanos em seu território, conforme observou Trump.
Grande parte da produção de iPhones na Índia é realizada pela Foxconn Technology Group, que mantém uma fábrica no sul do país. O Grupo Tata, que adquiriu o negócio local da Wistron Corp. e opera a Pegatron Corp. na Índia, também desempenha um papel fundamental como fornecedor. De acordo com informações da Bloomberg, Tata e Foxconn estão expandindo suas instalações e aumentando a capacidade de produção no sul da Índia.
No último ano, a Apple montou iPhones no valor de US$ 22 bilhões na Índia, o que representou um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior.

Mundo

Trump pressiona Apple a aumentar produção nos Estados Unidos e interromper fábricas na Índia

Reuters - Centenas de milhares de moradores da Cidade de Gaza perderam sua única fonte de água potável na última semana, depois que os suprimentos da concessionária de água de Israel foram cortados pela nova ofensiva do Exército israelense, informaram as autoridades municipais do território.
Muitos agora têm que caminhar, às vezes por quilômetros, para conseguir um pequeno abastecimento de água depois que o bombardeio militar israelense e a ofensiva terrestre no bairro de Shejaia, no leste da Cidade de Gaza, danificaram a tubulação operada pela estatal Mekorot.
"Desde a manhã, estou esperando por água", disse Faten Nassar, de 42 anos, moradora de Gaza. "Não há estações e não há caminhões chegando. Não há água. As passagens estão fechadas. Se Deus quiser, a guerra terminará de forma segura e pacífica."
As Forças Armadas de Israel não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Israel ordenou a retirada dos moradores de Shejaia na semana passada, quando lançou uma ofensiva que viu vários distritos serem bombardeados. Os militares disseram anteriormente que estavam operando contra a "infraestrutura terrorista" e que haviam matado um líder militante sênior.
A tubulação da Mekorot estava fornecendo 70% da água da Cidade de Gaza desde a destruição da maioria de seus poços durante a guerra, segundo as autoridades municipais.
"A situação é muito difícil e as coisas estão ficando mais complicadas, especialmente quando se trata da vida cotidiana das pessoas e de suas necessidades diárias de água, seja para limpeza, desinfecção e até mesmo para cozinhar e beber", disse Husni Mhana, porta-voz do município.
"Estamos agora vivendo uma verdadeira crise de sede na Cidade de Gaza e poderemos enfrentar uma realidade difícil nos próximos dias se a situação continuar a mesma."
Agravamento da crise hídrica - A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada internamente pela guerra, e muitos fazem viagens diárias a pé para encher recipientes de plástico com água dos poucos poços que ainda funcionam em áreas mais remotas -- e mesmo esses não garantem suprimentos limpos.
A água para beber, cozinhar e lavar tornou-se cada vez mais um luxo para os residentes de Gaza após o início da guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, cujos combatentes realizaram o ataque mais mortal em décadas contra Israel em outubro de 2023, matando 1.200 pessoas no sul de Israel e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.
Desde então, mais de 50.800 palestinos foram mortos na campanha militar de Israel, segundo as autoridades palestinas.
Muitos moradores do enclave fazem fila por horas para conseguir um abastecimento de água, que geralmente não é suficiente para suas necessidades diárias.
"Eu ando longas distâncias. Fico cansado. Sou velho, não sou jovem para andar todos os dias para pegar água", disse Adel Al-Hourani, de 64 anos.
A única fonte natural de água da Faixa de Gaza é a Bacia do Aquífero Costeiro, que se estende ao longo da costa mediterrânea oriental desde o norte da Península do Sinai, no Egito, passando por Gaza e chegando a Israel.
Mas a água salgada da torneira está seriamente esgotada, com até 97% considerada imprópria para consumo humano devido à salinidade, extração excessiva e poluição.

Local atingido por ataque israelense em Jabalia, norte de Gaza
 18/3/2025   REUTERS/Mahmoud Issa

Habitantes de Gaza sofrem para encontrar água; fontes limpas são cada vez mais escassas

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (9) uma ordem executiva que revoga as restrições ao fluxo de água em chuveiros, torneiras e outros aparelhos domésticos. A decisão, que reverte normas ambientais adotadas durante os governos de Barack Obama e Joe Biden, foi noticiada originalmente pelo<a href="https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/04/10/por-liberdade-no-banho-trump-muda-regras-sobre-chuveiros-nos-eua-gosto-de-lavar-meu-lindo-cabelo.ghtml"> g1, </a>com informações da Associated Press (AP).
Durante o anúncio da medida, Trump fez piada com as antigas regulamentações e aproveitou para alfinetar os democratas. “Gosto de tomar um bom banho e cuidar do meu lindo cabelo”, afirmou o presidente. Ele ainda criticou os limites de vazão de água, dizendo que precisava “ficar debaixo do chuveiro por 15 minutos até conseguir se molhar”: “Sai gota por gota. É ridículo”.
As normas eliminadas haviam sido implementadas com o objetivo de reduzir o consumo de água e energia, principalmente em residências. Os padrões obrigavam fabricantes a limitar o volume de água por minuto em aparelhos como chuveiros e lava-louças. No entanto, para o governo Trump, essas regras representavam uma ingerência indevida do Estado na vida cotidiana dos americanos.
Em nota oficial, a Casa Branca justificou a decisão dizendo que a administração estava “desfazendo a guerra da esquerda contra a pressão d'água” e restabelecendo “a liberdade de tomar banho”. Segundo o comunicado, a medida “liberta os americanos das regulamentações excessivas que transformaram um item doméstico básico em um pesadelo burocrático”.
Grupos ambientalistas, no entanto, criticaram duramente a nova ordem. Andrew deLaski, diretor-executivo do Appliance Standards Awareness Project (ASAP), declarou à AP que a maior parte dos chuveiros vendidos atualmente “garante um banho satisfatório” e que não há “um problema a ser resolvido com os modelos disponíveis hoje”.
Para deLaski, a medida representa uma tentativa de burlar a Lei de Eficiência Energética de 1992. Ele também afirmou que, durante a primeira gestão de Trump, a tentativa de flexibilizar essas normas teve pouco impacto: “Nenhum grande fabricante de chuveiros fez mudanças significativas em seus produtos”.
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), o chuveiro responde por cerca de 20% do consumo diário de água em uma residência americana média. Modelos mais eficientes, além de reduzir esse consumo, também diminuem a demanda por energia, já que o aquecimento da água representa cerca de um quinto do gasto energético doméstico.
As restrições revogadas por Trump foram implantadas como parte de uma política mais ampla de sustentabilidade que também envolvia eletrodomésticos como máquinas de lavar, geladeiras e vasos sanitários. Para especialistas e organizações ambientais, essas medidas contribuíam para a redução das contas de serviços públicos e para a preservação dos recursos naturais.

Laís Gouveia

Trump revoga limite de água em chuveiros nos EUA: “Gosto de tomar um bom banho e cuidar do meu lindo cabelo”

247 - A escassez hídrica em diversas regiões do Brasil tem impactado o desenvolvimento econômico e industrial, tornando o tratamento e reúso de águas ainda mais essenciais. Recentemente, a Agência Nacional de Águas (ANA) decretou, pela primeira vez em mais de um século, estado de escassez hídrica em cinco grandes bacias hidrográficas, afetando mais de um quarto do território brasileiro. Esse cenário inédito reforça a necessidade de soluções sustentáveis para otimizar o uso da água, especialmente em setores como a irrigação e a indústria, que juntos consomem mais de 50% dos recursos hídricos do país.
A tecnologia de eletrodiálise reversa, ao contrário dos métodos convencionais de dessalinização, apresenta uma taxa de perda de água (rejeito) muito inferior – iniciando em apenas 5%, comparado aos 40% observados nos processos tradicionais. Além disso, a eletrodiálise reversa consome menos energia, oferecendo uma solução mais eficiente e sustentável. A perspectiva de integrar soluções como o reúso de águas e efluentes no Brasil é promissora, principalmente com a tecnologia de eletrodiálise reversa, que permite atender a demanda de água de setores críticos de forma mais eficiente. A visão internacional sobre o potencial hídrico do Brasil coloca o país como um protagonista no cenário global de gestão e conservação de recursos hídricos.
"Com o crescente aumento da demanda por água, especialmente para irrigação e as necessidades das indústrias, o reúso de águas e efluentes surge como uma solução estratégica. A tecnologia de eletrodiálise reversa não apenas contribui para a preservação dos recursos hídricos estimulando o reuso ao invés de novas captações hídricas, mas também reduz significativamente o impacto ambiental, ao gerar menos rejeitos e utilizar menor quantidade de energia", afirma Lorena Zapata, Diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade da Engeper Ambiental e Perfurações.

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