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Diminui o gasto do consumidor norte-americano, aponta Departamento de Comércio dos EUA

A queda surpreendeu economistas

Comércio nos EUA (Foto: Reuters)

247 - Os gastos do consumidor nos Estados Unidos caíram inesperadamente em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27), de acordo com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Os gastos pessoais dos consumidores recuaram 0,1% em maio, após um aumento de 0,2% em abril. A queda surpreendeu economistas, que esperavam uma leve alta de 0,1%.

Os números reforçam preocupações sobre a resistência da demanda doméstica em meio a juros elevados e custos persistentes. As estatísticas também sinalizam uma possível desaceleração na principal força motriz da economia americana, mas analistas aguardam os efeitos das recentes tarifas sobre importações chinesas, que podem pressionar a inflação nos próximos meses.

A renda pessoal, no entanto, subiu 0,4% no período, indicando que os americanos podem estar optando por poupar mais em vez de gastar. O índice de preços PCE (despesas de consumo pessoal), acompanhado de perto pelo Federal Reserve, subiu 2,6% em relação ao ano anterior, mantendo-se estável ante abril.

Tarifas podem reaquecer inflação

Economistas alertam que as novas tarifas impostas pelo governo Biden sobre produtos chineses, como eletrônicos e veículos elétricos, podem elevar os preços ao consumidor nos próximos meses. O impacto ainda não foi sentido nos dados de maio, mas a medida pode complicar os esforços do Fed para controlar a inflação.

"Se as tarifas forem repassadas aos preços, veremos pressão inflacionária no terceiro trimestre", disse um analista. O Fed mantém os juros em patamares restritivos, buscando levar a inflação à meta de 2%, mas a persistência de custos em setores como serviços tem atrasado os cortes esperados.

Enquanto o consumo mostra sinais de fragilidade, o mercado de trabalho segue resiliente, com pedidos semanais de seguro-desemprego em níveis historicamente baixos. A combinação de fatores deixa o Fed em um caminho estreito, entre evitar o superaquecimento da economia e não sufocar o crescimento.

* Com informações da Reuters

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