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Quatro líderes do G7 querem discutir devastação da Amazônia, incentivada por Bolsonaro

Emmanuel Macron, da França, Angela Merkel, da Alemanha, Justin Trudeau, do Canadá, e Boris Johnson, do Reino Unido, já se manifestaram condenando o aumento espantoso de incêndios na Floresta Amazônica, estimulados por Jair Bolsonaro. Assunto deve ser discutido no encontro da cúpula do G7 neste fim de semana, em Biarritz, na França

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247 - Aumenta a pressão internacional sobre o Brasil em meio ao crescimento histórico de queimadas na Floresta Amazônica, estimuladas pela política de Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 

A devastação da Amazônia deverá ser discutida neste fim de semana em  Biarritz, sudoeste francês, durante encontro das sete principais economias do mundo. O primeiro presidente do G7 a se manifestar sobre o tema foi Emmanuel Macron, que classificou as queimadas recorde como "crise internacional" (leia mais no Brasil 247). 

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Em seguida, Macron foi apoiado pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e pelo primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Johnson (leia mais no Brasil 247). 

“A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.

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O Reino Unido também está preocupado com os incêndios na floresta amazônica. "O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat", disse um porta-voz.

Também fazem parte do G7 os Estados Unidos, Itália e Japão. 

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As queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018, se compararmos o mesmo período de janeiro a agosto – foram 71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano passado. Esta é a maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite.

Leia também reportagem da agência Reuters sobre o assunto:

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UE aumenta pressão sobre o Brasil devido a incêndios na Amazônia

DUBLIN/BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia aumentou a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) nesta sexta-feira por conta dos incêndios que vêm devastando a Bacia Amazônica, com a Irlanda e a França dizendo que podem travar o acordo comercial do bloco com a América do Sul.

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Bolsonaro rejeitou o que chama de interferência estrangeira em assuntos domésticos do Brasil, onde vastos trechos da floresta tropical da Amazônia estão em chamas durante a conhecida como estação das queimadas. O presidente disse que o exército poderá ser enviado para ajudar a combater os incêndios.

Ambientalistas culparam o desmatamento pelo aumento dos incêndios e acusaram o presidente de afrouxar os mecanismos de proteção da floresta tropical, que é considerada crucial no combate à mudança climática global.

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O gabinete do presidente francês, Emmanuel Macron, disse que Bolsonaro mentiu quando minimizou as preocupações com a mudança climática na cúpula do G20 no Japão em junho e que, diante disso, a França se oporá ao acordo firmado entre a UE e o Mercosul, composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que o país votará contra o acordo de livre comércio a menos que o Brasil adote ações para proteger a floresta tropical.

Varadkar se disse muito preocupado com os níveis recordes de destruição da floresta tropical e que seu governo monitorará atentamente as ações ambientais do Brasil nos dois anos necessários para a ratificação do pacto com o Mercosul.

“A Irlanda não votará de jeito nenhum a favor do Acordo de livre comércio entre UE e Mercosul se o Brasil não honrar seus compromissos ambientais”, disse ele em um comunicado.

A Irlanda e a França precisarão de outros países da UE para formar uma minoria suficiente para bloquear o acordo, fechado em junho, depois de 20 anos de negociações.

Mas o governo irlandês está sendo pressionado a defender seus pecuaristas, que já sofrem com a saída iminente do Reino Unido da UE e os preços baixos, procurando fazer com que as nações do Mercosul não inundem o mercado com carne bovina mais barata.

Mas o braço executivo da UE, a Comissão Europeia, alertou contra o acordo, dizendo que isso pode ajudar a pressionar o Brasil.

“Esta é a melhor maneira de criar compromissos vinculantes legais com os países que queremos que respeitem nossos padrões ambientais”, disse a porta-voz da Comissão, Mina Andreeva. “A melhor ferramenta que temos é acordo entre UE e Mercosul.”

Ela acrescentou que o texto incluirá mecanismos punitivos a serem usados casos certas condições relacionadas ao clima não sejam atendidas.

A Finlândia, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco, sugeriu uma proibição às importações de carne bovina brasileira. O primeiro-ministro Antti Rinne disse que os incêndios são “uma ameaça para todo o nosso planeta, não apenas para o Brasil ou a América do Sul.”

“Precisamos descobrir se os europeus têm algo a oferecer ao Brasil para ajudar a evitar esse tipo de incêndio no futuro”, acrescentou.

O ministro das Finanças da Finlândia disse que levantará a questão com seus colegas da UE em uma reunião em Helsinque em 13 e 14 de setembro.

Os líderes das economias mais avançadas do mundo também devem discutir o assunto quando se encontrarem para a cúpula do G7 na França neste final de semana.

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