EUA estão prontos para a guerra com a China, afirma chefe do Pentágono
Declaração ocorre em meio a nova escalada de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo
247 - Os Estados Unidos estão preparados para entrar em guerra com a China, se necessário, afirmou o secretário de Defesa, Pete Hegseth, em uma entrevista à Fox News nesta quarta-feira (6). A declaração foi uma resposta direta à Embaixada Chinesa nos EUA, que declarou que Pequim estava pronta para lutar "qualquer" tipo de guerra em meio às recentes disputas comerciais entre os dois países.
“Estamos preparados”, disse Hegseth, acrescentando que “aqueles que anseiam pela paz devem se preparar para a guerra”. Ele destacou que o governo norte-americano tem investido na reestruturação das Forças Armadas e na restauração da "dissuasão no ethos guerreiro" para manter a superioridade militar.
EUA e China em rota de colisão
A entrevista ocorre em um contexto de crescente tensão entre Washington e Pequim, desencadeado pela decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de dobrar as tarifas sobre as importações chinesas, passando de 10% para 20%. Pequim respondeu prontamente, anunciando aumentos tarifários entre 10% e 15% em uma série de produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, além de impor restrições a 25 empresas dos EUA sob alegação de riscos à segurança nacional.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reforçou a posição do país: “Se a guerra é o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”.
Além das medidas de retaliação, a China apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as tarifas norte-americanas violam as normas do comércio internacional e pedindo uma solução diplomática para o impasse.
Disputa econômica com impactos globais
A atual escalada entre os EUA e a China remete à guerra comercial iniciada em 2018, durante o primeiro mandato de Trump. Na ocasião, o governo dos EUA impôs tarifas sobre produtos chineses, justificando a medida com alegações de práticas comerciais desleais e roubo de propriedade intelectual. Pequim reagiu com retaliações equivalentes, o que gerou instabilidade nos mercados globais e afetou cadeias de suprimentos em diversos setores.
Hegseth enfatizou que manter uma força militar robusta é essencial para evitar conflitos. “Se quisermos impedir a guerra com os chineses ou outros, temos que ser fortes”, afirmou. Apesar do tom belicoso, o chefe do Pentágono ressaltou que Trump mantém um "ótimo relacionamento" com o presidente chinês, Xi Jinping, e que Washington continuará buscando cooperação sempre que possível. Entretanto, reforçou que o papel do Departamento de Defesa é garantir a prontidão militar dos EUA diante de qualquer eventualidade.
Com os dois países aprofundando suas rivalidades em diversas frentes – da economia à tecnologia e à influência geopolítica –, analistas alertam que a tensão pode escalar ainda mais, com impactos imprevisíveis para a estabilidade global, assinala reportagem do canal russo RT.
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