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Filho de último monarca iraniano diz que regime está "em seu ponto mais fraco" e convoca greve contra liderança islâmica

Do exílio nos EUA, filho do último xá diz que ataques de Israel reforçaram a oposição e pede greve geral para enfraquecer regime iraniano

Ex-príncipe herdeiro do Irã, Reza Pahlavi (Foto: Reprodução/X)

247 - Em entrevista à BBC neste domingo (15), o ex-príncipe herdeiro Reza Pahlavi, filho do último xá do Irã, declarou que os opositores do regime islâmico foram “revigorados” após os recentes ataques de Israel, que mataram generais iranianos. “A solução definitiva é uma mudança de regime, e agora temos uma oportunidade, porque este regime está em seu ponto mais fraco”, afirmou, do exílio nos Estados Unidos.

Um dia antes, em vídeo publicado nas redes sociais, Pahlavi acusou a República Islâmica de levar o país à guerra. “A República Islâmica e seus líderes incompetentes e criminosos arrastaram nosso Irã para a guerra e são responsáveis pela situação atual”, disse. Ele convocou greves e atrasos no trabalho como formas de enfraquecer o regime: “Cada ato de desafio, incluindo não comparecer ao trabalho, trabalhar menos ou chegar atrasado, pode desferir um golpe eficaz”.

Ele também apelou aos militares e policiais para que abandonem o governo. “Em seu nome, digo à comunidade internacional: em vez de apaziguar o regime islâmico, apoiem o povo iraniano”, completou.

Também no domingo, o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou à Fox News que a atual ofensiva contra o Irã “certamente pode” levar à queda do regime. “O regime iraniano é muito fraco”, declarou, dizendo que “80% da população quer derrubá-lo”, sem apresentar provas.

As falas de Pahlavi e Netanyahu convergem no objetivo de enfraquecer Teerã, mas ignoram o histórico de rejeição popular a interferências externas no Irã. Exilado há mais de quatro décadas, o ex-príncipe não possui influência interna reconhecida e seu apelo é frequentemente associado a interesses de governos ocidentais.

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