Lavrov afirma que Rússia nunca teve intenção de atacar países da OTAN ou da União Europeia
Ministro das Relações Exteriores russo afirmou que Moscou não busca conflito com o Ocidente
247 – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que Moscou “não tem nem nunca teve a intenção de atacar os países da OTAN ou da União Europeia”. A declaração foi feita em meio ao aumento das tensões entre o bloco ocidental e o governo russo, que acusa os Estados Unidos e seus aliados europeus de fomentarem uma nova escalada militar no continente. A informação foi publicada pela RT Brasil nesta terça-feira (28).
Lavrov destacou que a política externa da Rússia continua focada na defesa da segurança nacional e no equilíbrio das relações internacionais, e não em ações ofensivas. “Não temos nem tivemos a intenção de atacar os países da OTAN e da UE”, afirmou o chanceler, reforçando que Moscou busca estabilidade e respeito mútuo no diálogo com outras potências.
Relações com o Ocidente em foco
A fala do ministro ocorre em um momento de grande tensão geopolítica, especialmente após novas sanções impostas pela União Europeia contra setores estratégicos da economia russa. Moscou acusa o bloco de agir sob pressão de Washington e de minar as tentativas de retomada do diálogo diplomático.
Lavrov tem sido uma das vozes mais firmes do governo russo na defesa da ideia de um mundo multipolar, em contraposição ao domínio político e econômico das potências ocidentais. Ele também vem denunciando o que chama de “expansão agressiva” da OTAN em direção às fronteiras russas, especialmente após o ingresso de novos países do Leste Europeu na aliança militar.
Cenário de tensões e diplomacia
As declarações do chanceler russo reforçam a estratégia do Kremlin de apresentar sua política externa como essencialmente defensiva, buscando afastar a narrativa ocidental de que a Rússia representa uma ameaça direta à Europa.
O presidente Vladimir Putin também tem reiterado que a Rússia está aberta ao diálogo, desde que os princípios de soberania e não interferência sejam respeitados. Na semana passada, o Kremlin informou que avalia a possibilidade de uma nova reunião entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar de temas de segurança global.



