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Premiê do Haiti declara estado de sítio no país após assassinato do presidente Jovenel Moïse

Claude Joseph caracterizou o ataque "hediondo, desumano e bárbaro" e apelou à calma. "A situação de segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional Haitiana e das Forças Armadas Haitianas. Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e para proteger a Nação", afirmou

Primeiro-Ministro da República do Haiti, Claude Joseph (Foto: Reprodução)
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247 com Sputnik Brasil - O primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, anunciou nesta quarta-feira (7) a decretação de sítio em todo o país, após a confirmação do assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moise, que morreu em casa por um grupo de indivíduos não identificados. 

"Em estrita aplicação do artigo 149 da Constituição, acabo de presidir uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros e decidimos declarar o estado de sítio em todo o país", disse o primeiro-ministro, segundo a agência AFP.

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Claude Joseph caracterizou o ataque "hediondo, desumano e bárbaro" e apelou à calma. "A situação de segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional Haitiana e das Forças Armadas Haitianas. Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e para proteger a Nação", lê-se no comunicado divulgado nesta quarta-feira (7).

Primeira-dama sobrevive

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Diversos veículos de comunicação divulgaram a informação que a primeira-dama do Haiti, Martine Marie Etienne Joseph Moïse, não teria sobrevivido ao ataque a tiros que matou o presidente Jovenel Moise na madrugada desta quarta-feira (7).

No entanto, o embaixador haitiano nos Estados Unidos, Bocchit Edmond, disse à agência Reuters que a primeira dama do Haiti sobreviveu ao ataque e será transferida para receber tratamento em Miami. Segundo ele, o quadro da primeira-dama é crítico, mas estável.

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"Ela está estável, mas em estado crítico", disse Edmond em uma videoconferência no início da tarde. "Neste momento, estão sendo feitos esforços para que ela seja levada para receber tratamento em Miami".

Perplexidade ao redor do mundo

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O Conselho de Segurança da ONU está chocado com o assassinato, disse a representante permanente da Irlanda nas Nações Unidas, Geraldine Byrne Nason, nesta quarta-feira (7). "É muito, muito triste ver o presidente do Haiti assassinado", disse Byrne Nason.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou o assassinato e pediu que os responsáveis fossem levados à justiça. "O secretário-geral apela a todos os haitianos para que preservem a ordem constitucional, permaneçam unidos em face deste ato abominável e rejeitem toda a violência [...]. As Nações Unidas continuarão a apoiar o governo e o povo do Haiti", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, segundo a agência Reuters.

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O presidente colombiano, Ivan Duque, citado pela agência AP, condenou o que chamou de "ato covarde" e expressou solidariedade ao Haiti. Ele pediu uma missão urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) "para proteger a ordem democrática".

A OEA, por sua vez, condenou "nos mais veementes termos o assassinato do presidente do Haiti", afirmando que o ataque "é uma afronta a toda a comunidade de nações democráticas representadas na OEA".

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"Deploramos veementemente esta tentativa de minar a estabilidade institucional do país [...]. Rechaçamos este ato abjeto. Os desacordo e dissidência fazem parte de um sistema de governo forte e vigoroso. Assassinatos políticos não têm lugar em uma democracia. Chamamos ao fim de uma política irresponsável que ameaça inviabilizar os avanços democráticos e o futuro do país", acrescentou a organização em uma nota divulgada nesta quarta-feira (7).

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, declarou que está "chocado" com o crime. 'Chocado com o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse. Tivemos um encontro em um fórum diplomático há apenas três semanas. Este crime representa um risco de instabilidade e uma espiral de violência. Os autores deste assassinato devem ser encontrados e levados à justiça", afirmou. 

A Casa Branca descreveu o ataque como "horrível" e "trágico". A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, acrescentou que os EUA estão preparados para ajudar o Haiti em momentos de necessidade.

"É um crime horrível, e sentimos muito pela perda que [o povo do Haiti] está sofrendo e passando ao acordarem esta manhã e ouvindo esta notícia [...]. E nós estamos prontos e ao seu lado para fornecer qualquer assistência que seja necessária", afirmou Psaki, citada pela emissora CNN. O presidente dos EUA, Joe Biden, por sua vez, chamou a situação no Haiti de muito preocupante e disse que mais informações eram necessárias sobre a morte do presidente do país.

Jovenel Moïse, 53 anos, era o 42º presidente do Haiti e tinha tomado posse em 2017. Moïse já havia sido alvo de outros ataques. O último ocorreu em fevereiro, quando as forças de segurança do país impediram uma tentativa de golpe de Estado e assassínio do presidente.

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