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Presidente da Costa do Marfim é reeleito para quarto mandato em clima de violência

A eleição ocorreu em um clima tenso, após decisões judiciais que impediram dois importantes líderes da oposição

O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, 83, vota nas eleições presidenciais do país na capital econômica do país africano, Abdidjan - 25/10/2025 (Foto: REUTERS/Luc Gnago)

247 - O atual presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, candidato do partido Reunião dos Houphouetistas pela Democracia e pela Paz, venceu as eleições presidenciais com 89,77% dos votos, segundo resultados divulgados na segunda-feira (27) pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) do país, citados pela agência Xinhua. 

A Xinhua informou que, ao longo do último final de semana de votação, a eleição ocorreu em um clima tenso, após decisões judiciais que impediram dois importantes líderes da oposição, Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam, de concorrer. O período de campanha foi marcado por protestos — alguns deles violentos — que resultaram na prisão de 700 pessoas e em penas de até 36 meses de prisão para quase 30 manifestantes.

Apesar disso, as autoridades do país e missões de observação eleitoral informaram que a eleição ocorreu em um clima “geralmente calmo e pacífico”, apesar de alguns “incidentes marginais e isolados” registrados nas regiões oeste, centro-oeste e sul do país.

Os demais candidatos — Simone Ehivet Gbagbo, do Movimento das Gerações Capazes; Jean-Louis Billon, do Congresso Democrático; o independente Ahoua Don Mello; e Henriette Lagou Adjoua, do Grupo de Parceiros Políticos pela Paz — obtiveram, respectivamente, 2,42%, 3,09%, 1,97% e 1,15% dos votos, de acordo com os dados preliminares.

A participação eleitoral atingiu 50,10% entre os 8,7 milhões de eleitores registrados na Costa do Marfim e no exterior. Após a divulgação dos resultados iniciais na noite de domingo, Billon reconheceu a derrota e parabenizou Ouattara.

A eleição ocorreu em um clima “geralmente calmo e pacífico”, apesar de alguns “incidentes marginais e isolados” registrados nas regiões oeste, centro-oeste e sul do país, segundo a CEI e as missões de observação eleitoral.

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