Principais focos de combate na Ucrânia são contra neonazistas, diz Putin
“Eles agem como terroristas em todo o mundo, usam a população civil como escudo para depois acusar a Rússia das vítimas fatais entre a população”, afirmou

Por Juca Simonard, 247 - Buscando demonstrar força contra os russos, o Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou no Twitter que conta com um sistema de mísseis anti-ataque de curto alcance, NLAW, uma espécie de “bazuca” que dispara um projétil para destruir tanques. Nesta sexta-feira, 25, blindados russos adentraram na capital ucraniana, Kiev.
“A defesa territorial de Kiev tem NLAW. Bem-vindo ao inferno”, publicou o Ministério da Defesa ucraniano.
Luta contra neonazistas
A luta contra os russos na Ucrânia está basicamente concentrada em Kiev e, segundo autoridades russas, a linha de frente anti-Rússia é realizada por grupos nacionalistas e neonazistas — que sustentaram o golpe dos Estados Unidos em 2014. Estes grupos são profundamente russófobos. Após o golpe, minorias étnicas russas foram perseguidas, com linchamento, assim como apoiadores de uma aliança do país com a Rússia, e a língua russa foi proibida.
Nesta quinta-feira, 25, após os russos realizarem bombardeios precisos que afetou as instalações militares ucranianas, o presidente Volodomyr Zelensky chamou uma “mobilização geral” contra os russos e o governo removeu a restrição de idade para se juntar ao exército.
A Ucrânia passou a distribuir armas nas ruas de Kiev. Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra cidadãos com braçadeiras que lembram o nazismo, ao estilo dos nacionalistas ucranianos. Na gravação, a pessoa com a câmera repete o bordão tradicional dos neonazistas anti-Rússia: “Slava Ukraine”, que seria algo como “glória para a Ucrânia”.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as tentativas de negociações entre os governos da Rússia e da Ucrânia foram interrompidas quando "elementos nacionalistas" começaram a implantar vários sistemas de lançadores de foguetes em áreas residenciais das principais cidades ucranianas.
Mais cedo, em reunião com o Conselho de Segurança da Rússia, o presidente Vladimir Putin destacou que “os principais combates do Exército russo, como era esperado, ocorrem não com as Forças Armadas da Ucrânia, mas com unidades nacionalistas, que, como se sabe, são responsáveis pelo genocídio em Donbass e pelo sangue da população civil das repúblicas populares”.
“Os elementos nacionalistas, incorporados nas unidades regulares ucranianas, não só os incitam para resistência armada, mas, de fato, assumem o papel das tropas de barreira”, declarou.
“Banderites e neonazistas instalam armamentos pesados, incluindo lançadores de foguetes, diretamente nos distritos centrais das grandes cidades, incluindo Kiev e Kharkov. Eles planejam provocar o fogo de resposta dos sistemas de combate russo contra distritos civis. De fato, eles agem como terroristas em todo o mundo, usam a população civil como escudo para depois acusar a Rússia das vítimas fatais entre a população”, alegou.
De acordo com o presidente russo, os neonazistas ucranianos são orientados pelos Estados Unidos. “É sabido que tudo isso acontece com a recomendação dos consultores estrangeiros, em primeiro lugar, conselheiros norte-americanos”, afirmou.
Nesse sentido, Putin apelou para que as Forças Armadas ucranianas “não permitam que neonazistas e banderites usem suas crianças, suas mulheres e idosos como escudos humanos. Tomem o poder em suas mãos. Parece que seria mais fácil para nós negociarmos com vocês do que com essa gangue de drogados e neonazistas que se fixou em Kiev e fez refém todo o povo ucraniano”.
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