“Resistência dos Estados Unidos a Lula pode estar diminuindo”, diz Pepe Escobar
Segundo o jornalista, porém, é preciso considerar a hipótese de que os norte-americanos estejam preparando um nome da chamada “terceira via” para disputar a presidência no Brasil em nome deles em 2022: “essa é a gangue que estava por trás do golpe contra Dilma”. Assista na TV 247
247 - O jornalista Pepe Escobar, especialista em assuntos internacionais, falou à TV 247 sobre o significado geopolítico do encontro entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso. FHC é no Brasil um representante do sistema financeiro e do imperialismo, tendo importantes conexões com os estadunidenses.
Segundo Pepe, há duas possibilidades no tabuleiro: a primeira é de que os Estados Unidos estejam se rendendo às evidências e reconhecendo que Lula é o único nome viável para derrotar Jair Bolsonaro em 2022. A segunda, alerta o jornalista, é de que a candidatura Lula esteja sendo utilizada apenas como cortina de fumaça enquanto os EUA buscam um nome da chamada “terceira via”.
Pepe fez questão de destacar que, quando se trata dos Estados Unidos, todo cuidado é pouco. “Isso, do jeito que está sendo jogado, dá a impressão de que a resistência Biden-Harris, Obama-Biden 3.0, contra o Lula estaria diminuindo aos poucos. Ou seja, essa é a interpretação, digamos, benigna da história”.
“A maligna é: vamos instrumentalizar a possibilidade da candidatura Lula até o último minuto enquanto a gente continua trabalhando no que a gente quer mesmo, que é a terceira via. Essa é a gangue que estava por trás do golpe contra a presidente Dilma, não se pode esquecer disso de jeito nenhum. O objetivo fundamental desse extrato do ‘establishment’ americano para a América Latina inteira é subjugação, exploração de riquezas naturais, impedir um Brasil que seja soberano, como a Rússia e a China são. Isso ficou absolutamente provado com o golpe de 2016”, concluiu.
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