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Saiba quem são as vítimas e o agressor do ataque a faca na basílica de Nice

O agressor foi imobilizado pela polícia municipal dez minutos depois de deferir os golpes contra as vítimas. Gravemente ferido, ele foi transportado para o Hospital Pasteur, segundo fontes policiais. Enquanto era atendido, ainda na igreja, ele gritou Allah Akbar [Allah é o maior]

Esfaqueamento no interior de uma igreja deixa 3 mortos, em Nice (Foto: Eric Gaillard/Reuters)
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Da RFI - O ataque a faca ocorrido por volta de 9h (5h de Brasília) desta quinta-feira (29) na basílica Notre-Dame, em Nice, deixou três mortos, duas mulheres e um homem. Eles entram para a lista de centenas de vítimas francesas do terrorismo nos últimos 5 anos. O autor das agressões seria um tunisiano de 21 anos que chegou à França no início de outubro, proveniente da Itália.

O agressor foi imobilizado pela polícia municipal dez minutos depois de deferir os golpes contra as vítimas. Gravemente ferido, ele foi transportado para o Hospital Pasteur, segundo fontes policiais. Enquanto era atendido, ainda na igreja, ele gritou Allah Akbar [Allah é o maior]. Ele se identificou aos policiais como Brahim Aoussaoui. Suas impressões digitais foram colhidas para confirmaçao da identidade.

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O jovem chegou à Europa pela ilha de Lampedusa, na Itália, no fim de setembro, segundo fontes policiais, e estaria na França desde o início de outubro. Na Itália, ele cumpriu um período de quarentena, antes de receber uma notificação para deixar o território e ser liberado.

A primeira pessoa a ser atingida na basílica foi uma aposentada de cerca de 70 anos, que chegava ao local para rezar. Ela levou uma facada na altura do pescoço e quase foi decapitada. Seu corpo foi descoberto perto da pia de água benta do templo. 

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Em seguida, o agressor atingiu mortalmente o sacristão laico da igreja, Vincent, muito apreciado pelos fiéis. O homem tinha 54 anos, era casado e deixa dois filhos. Ele também quase foi degolado, segundo fontes policiais. 

A terceira vítima, uma mulher gravemente ferida, conseguiu fugir para um bar próximo, mas não resistiu e faleceu pouco depois. "Digam a meus filhos que eu os amo", conseguiu dizer pouco antes da morte, segundo depoimentos de testemunhas divulgados pelo canal BFMTV.

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Daniel Conilh, um garçom de um café próximo, contou à imprensa francesa como foram os minutos posteriores ao ataque. "Todos saíram correndo, ouvimos tiros. Uma senhora veio diretamente da igreja e disse 'corram, alguém atacou, vão acontecer disparos, há pessoas mortas. Teve uma onda de pânico, os clientes saíram sem pagar, ficaram com medo. Por volta de 9h10, vários carros, incluindo os dos bombeiros, isolaram a área e ouvimos muitos tiros", disse Conilh.

Investigação

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O prefeito de Nice, Christian Estrosi, qualificou o atentado de terrorista, pois o agressor não parou de repetir Allah Akbar [Allah é o maior] enquanto recebia atendimento no local, depois de ser ferido pela polícia. Estrosi atribuiu o ataque ao "islamofascismo" e disse que a França deve "eliminá-lo". "Já basta", afirmou o político do partido conservador Os Republicanos.

A unidade antiterrorista do Ministério Público francês abriu uma investigação após o ataque, que aconteceu menos de duas semanas depois do assassinato por decapitação do professor Samuel Paty em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena localidade de 35.000 habitantes a 50 quilômetros de Paris, por ter exibido charges do profeta Maomé durante uma aula.

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Homenagem às vítimas

Os deputados franceses, que debatiam um novo lockdown nacional decidido na véspera e que entrará em vigor nesta quinta-feira à meia-noite, respeitaram um minuto de silêncio quando foram informados sobre o ataque. O papa Francisco condenou "o terrorismo e a violência que nunca podem ser aceitos" e "reza pelas vítimas", afirmou em um comunicado seu porta-voz, Matteo Bruni.

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Em 14 de julho de 2016, Nice foi palco de um ataque terrorista que deixou 86 mortos. Um homem avançou deliberadamente com um caminhão contra uma multidão que celebrava o Dia da Bastilha, a Festa Nacional francesa. A União Europeia (UE) expressou solidariedade com a França e pediu a união "contra os que propagam o ódio".

A França sofre com atentados terroristas desde 2015, quando um ataque extremista em 7 de janeiro contra o semanário satírico Charlie Hebdo deixou 12 mortos. No dia 13 de novembro do mesmo ano, um comando jihadista executou ataques coordenados em Paris que mataram 130 pessoas.

O julgamento pelo violento atentado contra a revista Charlie Hebdo, no qual morreram alguns dos chargistas mais famosos da França, está em andamento atualmente em Paris. Coincidindo com a abertura do julgamento, Charlie voltou a publicar as caricaturas de Maomé que a transformaram em alvo dos jihadistas, o que provocou críticas no mundo muçulmano.

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