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Trump acusa Joe Biden e Kamala Harris por suposta tentativa de assassinato

"A retórica deles está fazendo com que eu seja alvejado", disse ele

Donald Trump em Grand Rapids, Michigan 20/7/2024 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

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247 – Na manhã desta segunda-feira, o suspeito de uma segunda tentativa de assassinato contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi formalmente acusado em um tribunal federal por dois crimes relacionados a armas. Ryan Wesley Routh enfrentará acusações por posse de arma de fogo, sendo um criminoso condenado, e por portar uma arma com o número de série removido. Segundo relatos, essas acusações preliminares devem garantir que o suspeito permaneça sob custódia enquanto outras investigações continuam a ocorrer.

O caso ganhou rapidamente repercussão nacional, provocando choque em um país já polarizado. Trump, que é o nome do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024, adicionou ainda mais tensão ao cenário político ao acusar diretamente o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris de incitarem o ataque. Em uma entrevista ao Fox News Digital, Trump declarou: "A retórica deles está fazendo com que eu seja alvejado, enquanto sou eu quem vai salvar o país, e eles são os que estão destruindo o país — tanto de dentro quanto de fora." O ex-presidente ainda os classificou como "inimigos internos", inflamando ainda mais os ânimos de seus apoiadores.

Detalhes do incidente - De acordo com documentos judiciais, Routh permaneceu próximo ao campo de golfe de Trump por cerca de 12 horas, antes de ser confrontado por um agente do Serviço Secreto. O relatório indica que ele estava acampado na área com suprimentos de comida. A Associated Press relatou que o suspeito foi avistado nas proximidades do campo de golfe de Trump, em Palm City, Flórida, e foi baleado por um agente após ser visto empunhando um rifle. Routh fugiu da cena em um SUV, mas foi capturado por policiais em um condado vizinho.

As investigações agora se concentram em descobrir como o suspeito conseguiu se aproximar tanto do ex-presidente. O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou que o estado irá conduzir uma investigação sobre o ocorrido, afirmando que "o povo merece saber como um suposto assassino conseguiu se aproximar a menos de 500 metros do ex-presidente e atual candidato republicano".

Reações e repercussões - O incidente gerou reações imediatas de figuras políticas de ambos os partidos. O presidente Joe Biden comentou o caso com cautela, afirmando que ainda não tinha todos os detalhes sobre o ocorrido, mas expressou alívio por Trump estar "bem". "O Serviço Secreto precisa de mais apoio", disse Biden, elogiando a atuação dos agentes e de outros policiais envolvidos na proteção de Trump.

O ex-presidente também recebeu mensagens de apoio de seus aliados mais próximos. O líder da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, publicou nas redes sociais que, após o incidente, passou algumas horas com Trump, "agradecendo a Deus por sua proteção". Já seu companheiro de chapa nas eleições de 2024, JD Vance, relatou que Trump estava "incrivelmente de bom humor", apesar da gravidade da situação.

Enquanto isso, a vice-presidente Kamala Harris e outros democratas condenaram a violência política. Tim Walz, que concorre ao cargo de vice-presidente ao lado de Harris, declarou: "A violência não tem lugar em nosso país. Não é quem somos como nação." Esse sentimento foi ecoado por outros políticos, incluindo a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que afirmou: "A violência política, em qualquer forma, não pode ser aceita ou normalizada neste país."

Por outro lado, apoiadores de Trump, como a deputada republicana Anna Paulina, acusaram a "esquerda radical" de incitar o ataque ao descrever os republicanos como "ameaças à democracia".

Um clima de tensão crescente - A tentativa de assassinato ocorre em um momento de alta tensão nos Estados Unidos, com as próximas eleições presidenciais se aproximando e a crescente polarização política. As investigações devem continuar nas próximas semanas, buscando esclarecer como Routh conseguiu se aproximar tanto do ex-presidente e quais eram suas reais motivações. Enquanto isso, a retórica inflamada de ambos os lados promete manter o país em um estado de alerta, com figuras de ambos os partidos condenando a violência política, mas divergindo quanto à responsabilidade pelas tensões que a alimentam.

O incidente não apenas intensifica o cenário eleitoral, mas também levanta questões sobre a segurança de figuras políticas e o papel da retórica política na incitação à violência. À medida que mais informações surgirem, o país aguarda respostas, enquanto tenta lidar com uma atmosfera de divisão e insegurança.

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