Captações no mercado de capitais batem R$ 717 bi até novembro, diz Anbima
Emissões cresceram 4,5% em 2025 e tiveram recordes em debêntures, FIDCs e notas comerciais; novembro registrou o maior volume mensal do ano
247 - As emissões de empresas no mercado de capitais brasileiro alcançaram R$ 717,2 bilhões no período de janeiro a novembro de 2025, o que representa alta de 4,5% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O volume é o maior já registrado para os onze primeiros meses do ano.
As debêntures concentraram a maior parcela das captações no período, somando R$ 433 bilhões, com expansão de 6,8% na comparação anual. O resultado também configura um recorde histórico para o intervalo analisado.
Do total captado por meio das debêntures, 34,6% dos recursos foram direcionados a investimentos em infraestrutura, enquanto 28% tiveram como destino o pagamento de dívidas. Já as operações voltadas à gestão ordinária responderam por 16,8% do montante. O prazo médio desses títulos atingiu 8,2 anos.
No segmento de securitização, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) levantaram R$ 77,6 bilhões entre janeiro e novembro, com crescimento de 10,2% na comparação anual e volume inédito para o período. As notas comerciais também atingiram um patamar recorde, somando R$ 44,2 bilhões nos onze primeiros meses do ano, após avanço de 13,4%.
Novembro registra maior volume mensal de 2025
O mês de novembro concentrou uma forte aceleração das captações, que somaram R$ 98,6 bilhões, o maior volume mensal de 2025. O resultado representa uma expansão de 111,1% em relação a novembro do ano anterior.
Na renda variável, as operações de ofertas subsequentes de ações (follow-on) movimentaram R$ 10,5 bilhões em novembro. No acumulado de 2025, esse tipo de operação totaliza R$ 15 bilhões, volume inferior aos R$ 25 bilhões registrados em 2024 e aos R$ 31 bilhões observados em 2023.



