PDG aprova grupamento de ações para manter regras da B3
Construtora consolida papéis na proporção de 200 para 1 em tentativa de recuperar confiança do mercado
247 - A PDG Realty (B3: PDGR3) aprovou um grupamento de ações na proporção de 200 para 1, medida necessária para atender às exigências da B3 sobre preço mínimo de negociação. A decisão foi formalizada em assembleia geral extraordinária realizada no dia 13 de outubro. As informações são do portal Brazil Stock Guide.
De acordo com a companhia, a operação não altera o capital social nem os direitos dos atuais acionistas. O objetivo, segundo comunicado oficial, é ajustar o preço dos papéis acima de R$ 1,00, conforme a regra de listagem da bolsa brasileira, além de reduzir a volatilidade típica de ações de baixo valor. “A operação visa atender aos requisitos da B3 e facilitar a negociação dos papéis em uma faixa de preço compatível com os padrões de mercado”, informou a empresa em comunicado enviado ao mercado.
Ajustes e cronograma
A PDG anunciou que divulgará um Aviso aos Acionistas detalhando o cronograma do grupamento, incluindo a data de corte e a realização de leilão para negociação de frações de ações resultantes da consolidação. Investidores que possuam quantidades não múltiplas de 200 terão seus papéis ajustados nesse processo.
Contexto de recuperação
O movimento ocorre em meio a um lento processo de reestruturação da construtora, que enfrenta dificuldades financeiras há anos. Apesar de não trazer impacto econômico direto sobre as posições dos investidores, o grupamento sinaliza a tentativa da empresa de restaurar a liquidez e a confiança do mercado em seus papéis.
Fundada em um período de forte expansão imobiliária, a PDG chegou a ser a maior incorporadora do país, impulsionada por aquisições e pela oferta pública inicial de R$ 648 milhões em 2007. No entanto, o crescimento acelerado levou a um endividamento excessivo, agravado pela desaceleração do setor. Em 2017, a companhia entrou em recuperação judicial, em um dos maiores processos do ramo imobiliário no Brasil, envolvendo 512 subsidiárias e quase R$ 8 bilhões em dívidas.
Hoje, a PDG busca reorganizar sua estrutura e reconquistar credibilidade junto a investidores e ao mercado de capitais, em mais uma etapa de sua longa tentativa de recuperação.



