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Oásis

Comida calórico-negativa. Alimentos que fazem emagrecer realmente existem?

Salsão, pepino, aspargos, alcachofras promovem emagrecimento? Nutricionistas dizem a verdade sobre os alimentos que, acredita-se, queimam mais calorias do que aquelas que contêm.

Salsão, pepino, aspargos, alcachofras promovem emagrecimento? Nutricionistas dizem a verdade sobre os alimentos que, acredita-se, queimam mais calorias do que aquelas que contêm. (Foto: Gisele Federicce)
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Melancia

 

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Por: Jennifer Nelson. Fonte: Mother Nature Network

 

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Você já experimentou a dieta vegana, a Ravenna, a cetogênica e mais uma meia dúzia de dietas, mas ainda está à procura de alguma estratégia BBB – boa, bonita e barata – para controlar o peso? Antes de gastar fortunas com as tais frutas que emagrecem, anunciadas o tempo todo na Internet, saiba um pouco mais sobre os alimentos calórico-negativos.

Você deve ter ouvido falar neles em algum momento. Um alimento calórico-negativo aparentemente queima mais calorias do que as que ele mesmo contem. Por exemplo, será possível que mastigar e digerir algumas folhas de alface americana (Lactuca sativa) consuma mais calorias do que a minúscula quantidade de calorias que esse vegetal contem? Se isso for verdade, por que não fazer uma dieta desse e de outros alimentos calórico-negativos, deixando de lado todos os outros?

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Alface americana

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A voz do nutricionista

Infelizmente, esse raciocínio está completamente equivocado. “Embora seja lindo pensar que hoje podemos comer uma porção de alimentos que contem menos calorias do que as que têm de ser queimadas para digeri-los e absorve-los, essa ideia é boa demais para ser verdade”, diz a médica norte-americana Beth Warren, fundadora da Beth Warren Nutrition, em Nova York, e autora do bestseller “Living Real Life with Real Food (Vivendo a vida real com comida verdadeira)”.

“Não existe evidência científica de que alimentos como o salsão ou aipo, cenouras, tomates, maçãs e alfaces sejam realmente aquilo que se convencionou chamar de ‘alimentos calórico-negativos’, e que queimem mais calorias no processo de digestão do que aquelas que o próprio alimento contem”. Esses supostos “alimentos catabólicos” – ou alimentos que requerem mais energia para serem mastigados, digeridos e absorvidos do que as calorias que eles contêm – não são na realidade alimentos calórico-negativos.

 

Salsão, também chamado de aipo

 

Claro, você pode comer todo o salsão e a salada americana, beber todo o suco de grapefruit que quiser, e assim fazendo poderá até baixar um número no tamanho das suas calças. Mas quando o metabolismo corporal é incrementado após a refeição, a queima de calorias implicada nos processos alimentares é muito pequena. Além disso, nenhum estudo sério conseguiu até agora demonstrar a realidade desse efeito.

“Biologicamente a noção simplesmente não confere”, afirma a pediatra e nutricionista Natalie Digate Muth, consultora do setor de Healthcare Solutions do American Council on Exercise. Por qual razão nossa espécie – e todas as demais espécies vivas – evoluiria para se nutrir de alimentos que nos forneceriam apenas energia negativa? Infelizmente, pelas leis da evolução, não somos feitos para sobreviver ingerindo alimentos que, automaticamente, nos fazem perder peso. Se assim fosse, a obesidade não seria hoje encarada como uma perigosa epidemia.

 

Pepino, o rei das baixas calorias

 

Isso não significa que você não possa perder peso consumindo esse tipo de alimentos. Com efeito, listas e mais listas de alimentos pobres em calorias, os assim chamados alimentos catabólicos, estão sendo apresentados na Web como alimentos calórico-negativos. Nutricionistas que recomendam o consumo de toneladas de aipo, aspargos e folhas de alface proclamam  resultados sensacionais, a solução final para todos baixarem o peso.

 

Beterraba, cenoura e salsão

 

Mas a realidade é outra

Mas vamos examinar as coisas mais de perto. Tomemos o salsão. Ele é quase todo feito de água e de fibras, não é assim? Portanto, você pode pensar que o ato de mastigar e digerir um pé inteiro desse vegetal irá consumir mais calorias do que aquelas contidas no pé. Esse efeito térmico do alimento representa cerca de 10% da energia queimada, já que seu corpo está constantemente ocupado digerindo e absorvendo nutrientes todos os dias a partir dos alimentos que você ingere. No entanto, se uma porção de salsão contem 10 calorias e uma caloria (10%) é queimada através da digestão, isso ainda representa 9 calorias a mais. Claro, na prática tratam-se de microcalorias em relação ao esquema comida/comer, mas de qualquer forma tratam-se de calorias não-negativas.

“Se alguém tem sucesso em perder peso ao seguir uma dieta abundante em alimentos calórico-negativos, isso ocorre tipicamente porque o conjunto final dos alimentos que ele consome não são caloricamente densos”, prossegue Beth Warren.

 

Toranja, ou grapefruit

 

Deixando claro tudo isso, é preciso dizer que esses alimentos baixo-calóricos constituem um ótimo aporte numa dieta saudável. Obviamente, ninguém pode sobreviver à base de uma dieta exclusiva de salsão, cenoura e folhas de alface, e você certamente não está pensando em cometer esse erro, mas você pode e deve incluir alimentos baixo-calóricos num projeto saudável de alimentação que certamente irá ajudar nos seus esforços para perder peso ou para manter o seu bom peso atual.

 

Couve Chinesa

 

Experimente esses alimentos baixo-calóricos como parte da sua dieta saudável:

Alcachofras (60 calorias, 6 gramas de fibra)

Mirtilos (50 mirtilos contêm apenas 40 calorias)

Couve chinesa - Brassica rapa chinensis (1/2 xícara possui apenas 10 calorias)

Cenoura (1 grande tem 30 calorias, 2 gramas de fibra)

Pepino (1/2 pepino tem 20 calorias)

Clara de ovo (1 grande contem 20 calorias, 4 gramas de proteína)

Toranja ou grapefruit (40 calorias em uma fruta de tamanho médio)

Espinafre (2 xícaras têm apenas 14 calorias)

Tomate (1 tomate médio tem 25 calorias)

Melancia (1 xícara tem cerca de 40 calorias)

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