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Oásis

Park City: A neve cai, o esquiador sorri

O inverno está com pressa. Já começou a nevar nas montanhas que rodeiam Park City. A cidade é hoje uma meca do turismo invernal. Mas é bom saber que ela também oferece excelentes opções nas outras estações

O inverno está com pressa. Já começou a nevar nas montanhas que rodeiam Park City. A cidade é hoje uma meca do turismo invernal. Mas é bom saber que ela também oferece excelentes opções nas outras estações (Foto: Gisele Federicce)
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Texto e fotos: Jaime Borquez

Park City, no estado americano de Utah, é um dos grandes destinos de inverno na atualidade. Seu primeiro resort de esqui foi aberto em 1936 e, de lá para cá, o crescimento de Park City como meca dos esquiadores é impressionante. Mas o grande impulso foi dado em 2002, quando Park City foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno.

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Estações de esqui de primeira linha, resorts e condomínios de altíssimo nível, a grande maioria oferecendo hospedagem in-out, você pode achar que isso é contar vantagem, mas a verdade é que a neve em Park City tem marca registrada: é considerada a melhor "powder" do mundo. A explicação disso, segundo contam os experts, são as nuvens carregadas que chegam do Pacífico, passam sobre o deserto e logo depois pelo Grande Lago Salgado, o Salt Lake. Parte do excesso de água é perdido no percurso, e quando as nuvens finalmente chegam a Park City estão prontas para descarregar a mais perfeita neve que se possa imaginar. É a chamada "neve primavera", como é conhecida na América Latina, ou neve pó. Na nossa parte sul do hemisfério ela acontece principalmente em setembro, mas nunca da qualidade que mostra em Park City. Uma neve que não vira sopa, o que permite um maior controle dos esquis e, claro, maior facilidade para se deslizar sobre a neve, mesmo que ela chegue até os seus joelhos.

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Só para dar uma ideia do luxo oferecido ao turista, em Park City existem nomes que são ícones do requinte e do bom gosto em hotelaria. Entre eles o Waldorf Astoria, o Saint Regis, o Montage e o Hyatt. Ao lado dos vários hotéis super estrelados, existem vários outros de boa qualidade porém de menor preço, bem como Bread&breakfasts de primeira linha, a precinhos camaradas. É um lugar de turistas finos e elegantes, mas é também um point democrático. Park City tem tudo para o passageiro sentir-se em casa.

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O transporte é cômodo e gratuito em todos os hotéis e resorts, e há também a rede de ônibus públicos, também sem custo algum. A destacar a mística que todo lugar turístico que se preza deve ter, e que o pessoal que trabalha e vive em Park City esbanja: muita simpatia para com o visitante e uma excepcional qualidade de serviço. Em resumo: se deseja esquiar em grande estilo, sem se preocupar com nada a não ser surfar sobre a neve, ou virar criança novamente e sair por aí à cata de guerrinhas à base de bolas de neve, Park City é a escolha certa.

Passeios zen ou dose plus de adrenalina?

Não é preciso, por outro lado, ser exímio esquiador para desfrutar dos prazeres de Park City. Há instrutores para você melhorar sua técnica de esquiador. Há passeios a cavalo, lindas trilhas para trekking, passeios sobre a neve com calçados de raquete, a modalidade randonée, ou ski-de-fond, na qual o único que você precisa é calçar o esqui e caminhar entre os bosques.

Claro, se deseja uma dose plus de adrenalina, parta para o bobsledge, um trenó de alta velocidade movido pela força de gravidade, com o qual pode-se chegar aos 150 quilômetros horários! Esta é uma modalidade de esporte olímpico desde os Jogos de Inverno de 1924, mas só em 2002, nas competições olímpicas que ocorreram em Park City, permitiu-se que as equipes incluíssem também mulheres entre os membros das equipes. A cidade inspira mesmo democracia e igualdade de direitos... e deveres.

Park City hiberna nas outras estações? Nada mais longe da realidade. Quem visita a região, seja outono, primavera ou verão terá sempre grandes surpresas. Onde antes havia neve, nos meses mais quentes abrem-se trilhas que atravessam florestas e grandes campos cobertos de erva verde. Nessas épocas a prática dos esportes outdoor toma conta do lugar e, o mais importante, é que você não precisa ser um participante do Iron Man ou ter escalado o Everest para aproveitar as opções que a cidade e seu entorno natural oferecem. Dia e noite há muita coisa para ser feita, desde caminhadas até shows, estes últimos, de graça. Outro ponto a ser levado em conta é que a grande maioria das atividades podem ser realizadas em família, por pessoas de qualquer idade, já que nenhuma delas oferece perigo ou exige grandes esforços físicos. Uma delas, imperdível, é o tour histórico feito em bicicleta. Para participar basta saber pedalar e até isso pode ser prescindível. Este passeio começa na parte alta da montanha e vai descendo pela estrada asfaltada, até chegar à cidade, que é totalmente plana. Qual esforço? Nenhum! Mas se você quer emoções mais fortes em duas rodas duas rodas, as montanhas oferecem trilhas incríveis desenhadas e montadas especialmente para os amantes do mountain bike.

Tudo começou com as minas de prata

A história de Park City, seu nascimento e evolução, está ligada ao trabalho de mineração. Grandes jazidas de prata foram encontradas no interior de suas montanhas em 1868 e, como aconteceu na Califórnia com o ouro, ao se ouvir o grito "há prata em Utah!", o que antes fora tranquilo reduto dos indígenas da tribo Ute foi-se transformando em próspero e movimentado povoado mineiro. Vieram grandes investimentos, as minas foram as mais modernas que poderiam existir nesses tempos. Maquinário sofisticado, centenas de quilômetros de trilhos e nada menos que 1.981 quilômetros de túneis para carregar e transportar o material. Se comparando, esse sistema subterrâneo é maior que todo o sistema de metrô da cidade de Nova York! Há nomes famosos entre os investidores, como Charles Chaplin, por exemplo. O pobre povoado mineiro do começo foi se sofisticando. Apareceram construções modernas , estilos arquitetônicos como o vitoriano e o cape cod foram mudando a cara da cidade. Hoje, muitas dessas casas estão não apenas em pé e habitadas, como constituem seu maior atrativo e legado histórico. As reformas que se fazem nelas são mínimas, nada que mude a estrutura nem a fachada original. Basta comparar fotos de hoje com reproduções antigas para perceber, nitidamente, que o cuidado que se tem para manter a historia arquitetônica da cidade é extremo.

Outros investidores mais modernos, alguns também ligados ao cinema, têm chegado por aqui e se apaixonando pela região. É o caso de Robert Redford. Ele é o criador do Sundance Cinema Festival, que se realiza todo início de ano na cidade. Ela se transforma então em uma sucursal de Hollywood, e nós, simples mortais, podemos cruzar nas ruas, restaurantes, lojas e barzinhos com nomes que ocupam manchetes globais, como Pierce Brosnan, Al Pacino, Francis Ford Coppola e, obviamente, o próprio Redford. Contam que, durante o Festival, ocorre aqui um fenômeno curioso e possivelmente único. Os famosos não são acossados pelos habitantes nem pelos visitantes da cidade. Eles andam livremente, sem escoltas, aproveitando tudo o que a cidade oferece. Portanto, não estranhe se ao entrar para comprar na loja da esquina dê, logo de cara, com Brad Pitt ou Julia Roberts. Acalme as batidas de seu coração, finja que você também é um famoso da telona e cumprimente esse povo de forma elegante.

Jantar com Brad e Angelina

Ponto de encontro desses artistas é o restaurante Zoom, criação e propriedade de Redford, construído no que fora a estação de trem da cidade. Aqui até os pratos são de cinema. Experimente o filé mignon com batatas souflée e faça vir da adega um bom vinho de Sonoma. Vai ficar surpreso com a qualidade dos pratos e, acredite, com os preços do menu bastante mais em conta que qualquer restaurante médio do Brasil. Aliás, esse é outro grande atrativo de Park City: os seus muitíssimos restaurantes, todos de alto nível. Há também restaurantes simples, porem de excelente cozinha, como o Good Karma, do simpático chef Houman Gohary, que oferece deliciosas criações da cozinha indiana. Vale a pena conferir.

Até um tempo atrás existia a ideia de que em Park City, por ficar dentro de um estado onde os mórmons tinham grande presença, não havia espaço nem tolerância para a cervejinha, o uísque e a vida noturna. Saiba que hoje isso é mito. A cidade tem uma boemia muito agradável e agitadíssima. Como aconteceu isso? Conta a historia que os mórmons começaram a se incomodar com a apertura de bares e prostíbulos no povoado. Difícil que isso não acontecera onde a grande maioria dos habitantes eram jovens mineiros solteiros. Começaram as desavenças entre os mórmons e a população, e a maioria não era composta pelos religiosos. Os mineiros tomaram o caminho mais curto para acabar com o problema: incendiaram as igrejas e expulsaram os mórmons. Hoje, as estatísticas mostram que há só 5% deles em Park City. Na sua visita à cidade não deixe de visitar o No Name Saloon, cujo slogan já diz tudo: Ajudando o pessoal a esquecer seu próprio nome desde 1903.

Quem procura cultura e um bom uísque, deve visitar a High West Distillery, que é uma antiga oficina mecânica, transformada em destilaria e restaurante. Outro forte da cidade são as compras, tanto nas lojas da Main Street, como no Tanger Outlet Mall. Há 63 lojas de marcas famosas presentes aqui, sempre com preços pra lá de tentadores.

Park City é também uma região onde o golfe, no verão, torna-se tão importante quanto o esqui no inverno. Há 12 campos, seis dos quais são abertos ao público, cada um deles mais espetacular, tanto no cuidado da grama e dos greens, como no entorno natural. Não fique preocupado em levar seus tacos, lá tem tudo para alugar.


Park City fica a apenas 35 minutos do aeroporto internacional de Salt Lake City. Há oito linhas aéreas oferecendo mais de 100 possibilidades de chegada antes do meio dia, alem de voos diretos a 90 destinos norte-americanos. É também considerada a cidade americana com maior concentração de hotéis de alto nível, com três resorts de primeira linha, Canyons Resort, Park City Mountain Resort e Deer Valley Resort, e entre cada um deles há apenas 5 minutos de distância. Possui mais de 3.845 hectares de terreno próprio para esquiar, 394 pistas e 56 meios de elevação.
Viver tudo significa ter as melhores férias da nossa vida.

Mais informações: www.VisitParkCity.com

O clima em Park City: www.visitparkcity.com/visitors/weather/

Atividades de inverno em Park City: http://www.visitparkcity.com/things-to-do/winter-activities/

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