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Tutancâmon. Dentuço e manco, a verdadeira imagem do faraó

O faraó-menino tinha um pé torto, cadeiras largas e origens incestuosas: as novas revelações contidas em um documentário produzido pela BBC de Londres mostram um retrato inédito do legendário soberano egípcio

O faraó-menino tinha um pé torto, cadeiras largas e origens incestuosas: as novas revelações contidas em um documentário produzido pela BBC de Londres mostram um retrato inédito do legendário soberano egípcio (Foto: Luis Pellegrini)
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Dentes proeminentes, quadris excessivamente largos, pé esquerdo estropiado. Assim era o jovem faraó Tutancâmon

 

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Por: Equipe Oásis

 

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A tecnologia de ponta conhecida como “autopsia virtual” desenhou o novo perfil do faraó Tutancâmon. Esqueçam a figura do príncipe belíssimo, pintada na sua célebre máscara funerária: na verdade o aspecto do jovem rei é bem mais decepcionante. Faraó mais célebre e misterioso da história, ele possuía provavelmente dentes muito grandes, que lhe davam um aspecto de cavalo, flancos bastante largos e não alinhados, e um pé torto que o obrigava certamente a mancar quando caminhava.

Esse é o novo perfil que emerge da mais completa “autopsia virtual” nunca antes feita a partir dos seus restos mortais: uma série de radiografias feitas da sua múmia, acompanhadas de mais de 2 mil tomografias computadorizadas, com resultados confirmados por extensas análises genéticas. Todos esses resultados foram recentemente difundidos em um documentário da BBC inglesa, com o título Tutankhamun: The Truth Uncovered (Tutancâmon: A verdade revelada).

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Perfil do jovem faraó Tutancâmon. A deformação craniana era proposital, produzida pelo enfaixamento da cabeça do bebê e destinava-se a distinguir os crânios dos membros das famílias reais do resto da população.

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O perfil é bem diverso 

Descobre-se assim que em lugar do maxilar quadrado e dos lábios carnudos sugeridos pela iconografia, o faraó devia possuir dentes saltados; e em vez de possuir um físico atlético, tinha quadris bastante largos, quase femininos; tinha também o pé esquerdo estropiado, que o obrigava a caminhar apoiando-se em uma bengala (na sua tumba, por sinal, foram encontrados 130 bengalas e bastões, todos eles mais ou menos usados).

O aspecto trôpego do jovem faraó devia-se provavelmente ao fato de que ele era filho de um incesto: nascido de uma relação entre o pai, Akhenaton e a irmã, ou seja, a mãe também era tia de Tutancâmon. Estas são conclusões a que chegou o arqueólogo italiano Albert Zink, Diretor do Instituto para o estudo das múmias, junto ao EURAC de Bolzano, a partir das análises genéticas feitas nos restos mumificados do soberano. Ao redor do ano 1.300 antes de Cristo, época em que viveu Tutancâmon, o incesto era socialmente tolerado, já que ainda não se conheciam as consequências muitas vezes nefastas dessas relações consanguíneas para a saúde dos filhos.


O rosto retratado na máscara funerária do faraó Tutankâmon, em ouro maciço, é perfeito. Mas o jovem soberano tinha vários problemas de saúde física.

Uma morte prosaica

Mas a  revelação mais triste provavelmente diz respeito à forma da morte do rei, sobre a qual tanto se especulou no passado. Aos 19 anos, Tutancâmon não morreu por homicídio, e nem sequer por um acidente durante uma caçada ou a queda de uma biga. Segundo as reconstruções, em vez disso, foi o pé deformado do faraó que o impediu de controlar um cavalo  mais bravio que o acabou derrubando ao chão.

Provavelmente Tutancâmon sofria de um desequilíbrio hormonal hereditário, ligado à família dos seus pais, que o deixou muito frágil e sujeito a quedas (apesar de que apenas uma fratura óssea certamente pertence a algum acidente ocorrido antes da sua morte). Mas quanto a esse ponto serão necessárias mais análises futuras. O faraó, com efeito, devia sofrer de várias outras moléstias, inclusive de malária, que poderia ter sido um fator a mais para a fragilização do seu organismo.

 

Galeria de curiosidades sobre o faraó Tutancâmon:

 

1 O rosto é o de um adolescente como tantos outros, com dentes não perfeitamente alinhados: é o que revelam as mais completas análises de escaneamento recentemente efetuadas na sua múmia.

 

 

2 A máscara funerária em ouro maciço do faraó, conservada no Museu Arqueológico do Cairo. Esta era a imagem que até recentemente se tinha do jovem soberano egípcio. Os recentes exames dizem que o aspecto do soberano era muito diferente.

 

3  Um torso de madeira de Tutancâmon mostra a iconografia que, nas últimas décadas, era a mais comumente associada ao faraó.

 

4  O Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egito, onde foi encontrada a tumba do faraó em 1922.

 

5  O arqueólogo britânico Howard Carter, descobridor da tumba de Tutancâmon, examina o sarcófago em companhia de um assistente.

 

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