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Celso de Mello chama Bolsonaro de "político menor (e medíocre)"

Ex-ministro do STF recusou convite para evento de lançamento de carta em defesa da democracia, mas insistiu em assinar o documento

(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
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247 - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, assim como outros ex-integrantes da Corte e juristas, assinará a 'Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito'. No entanto, ele não poderá participar do evento de lançamento na Faculdade de Direito da USP, por motivos de saúde. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. 

Em carta enviada ao ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo Luiz Antônio Marrey, Celso de Mello declina o convite e faz duras críticas a Jair Bolsonaro (PL), a quem chama de "político menor". 

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"Necessário, pois, reagir aos pronunciamentos de um político menor (e medíocre) que busca permanecer na regência do Estado, mesmo que esse propósito individual, para concretizar-se, seja transgressor do postulado da separação de poderes e revelador de uma irresponsável desconsideração das instituições democráticas de nosso país", afirma Celso de Mello a Marrey.

"Bolsonaro, além de sua distorcida visão de mundo, sustentada e exposta por quem ele realmente é, desnuda-se ante a nação como um político medíocre e que, além de possuir desprezível espírito autocrático, também expôs-se, em plenitude, em sua conduta governamental, como a triste figura de um presidente menor, sem noção dos limites éticos e constitucionais que devem pautar a conduta de um verdadeiro chefe de Estado", diz ainda.

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Entre os signatários da carta, também estão Roberto Setubal, co-presidente do Conselho do Itaú Unibanco e membro de uma das famílias controladoras do maior banco privado do país; Horacio Lafer Piva, conselheiro da Klabin, fabricante de celulose; Eduardo Vassimon, presidente do Conselho do Grupo Votorantim, e Walter Schalka, presidente da Suzano, também do setor do papel. Frederico Trajano, presidente-executivo da Magazine Luiza, também assinou o documento, de acordo com a sua assessoria de imprensa.

“Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos. Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”, afirmam os signatários do manifesto.

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“Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais Poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”. 

No manifesto, as lideranças empresariais também expressam confiança no sistema eleitoral.

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“Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral”, afirmam.

Os signatários prometem ainda, ao final do manifesto, combater tentativas de abalar o Estado Democrático de Direito.

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“Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática”, afirmam.

“No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições. Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona: Estado Democrático de Direito sempre!”. (Com Reuters). 

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