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Depois do Pegasus, Carlos Bolsonaro tentou comprar o Sherlock, sistema para espionar cúpula do próprio governo

Em ações típicas dos regimes ditatoriais marcados por personagens paranóicas, Carlos Bolsonaro, além tentar comprar um sistema de espionagem contra a oposição e a sociedade civil, realizou negociações para adquirir outro sistema, o Sherlock, para espionar integrantes do próprio governo

Palácio do Planalto e Carlos Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado | Reprodução)
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247 - Além de tentar trazer para o Brasil a poderosa ferramenta de espionagem Pegasus, da desenvolvedora israelense NSO Group, que está no centro de um escândalo mundial, Carlos Bolsonaro, também planejou importar outro programa de Israel, conhecido como Sherlock, para espionar o próprio governo, ministros e assessores de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

A revelação é do jornalista Lucas Valença, do UOL. Segundo o jornalista, a informação é de uma fonte do próprio GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e foi confirmada por outras fontes, inclusive por um ex-representante da Candiru, empresa desenvolvedora do sistema.

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Enquanto o Pegasus funcionaria para alimentar com informações externas ao governo um esquema de espionagem comandado pelo próprio vereador filho de Bolsonaro, o Sherlock seria utilizado para Carlos Bolsonaro monitorar o próprio governo.

O Sherlock é um submódulo do sistema apelidado de Devil's Tongue (no português: língua do diabo). Carlos Bolsonaro, inclusive, utilizou a primeira viagem presidencial a Israel, ainda em março de 2019, para tratar do sistema com representantes da empresa em Tel Aviv.

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Por meio do Devi'ls Tongue, o Sherlock aproveita falhas no Windows, utilizando-se de "bugs" do sistema operacional para invadir as máquinas. A maioria dos computadores do governo Bolsonaro utiliza o programa da Microsoft.

Diferentemente do Pegasus, porém, o Sherlock não seria utilizado pelo clã Bolsonaro como um "spyware" contra jornalistas, ativistas e desafetos políticos. O Sherlock serviria, sim, para municiar os Bolsonaros para espionar a cúpula do governo.  Um dos focos da espionagem, segundo a reportagem do UOL, seriam as autoridades e funcionários do governo que atuam no próprio Planalto e nos anexos. A ferramenta espiã seria utilizada para monitorar entre outras ações, contatos com jornalistas e ativistas considerados "inimigos" pela atual gestão.

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O programa também é de fácil manuseio, já que bastaria plugar um simples pen drive em qualquer computador do Planalto para comprometer todo o sistema de rede da sede da Presidência da República (o que inclui o prédio principal e os anexos). Isso porque o cabeamento físico do prédio é conectado, o que permitiria, com facilidade, ao Sherlock invadir todo o sistema da Presidência.

Os alvos da família, segundo a fonte do GSI, seriam as principais secretarias com status de ministério, sediadas no 1º, 2º e 3º andares do Planalto. Dentre elas estão a Casa Civil, o próprio GSI, a Segov (Secretaria de Governo), a Secretaria-Geral da Presidência, a Secom (Secretaria de comunicação), entre outras estruturas governamentais.

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Esse envio de informações seria ilegal, pois fragilizaria a segurança nacional, sem a possibilidade de fiscalização dos órgãos de controle.

Fontes do serviço de inteligência afirmaram à reportagem que, apesar do interesse de Carlos Bolsonaro, não houve processo para a aquisição do Sherlock.

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