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Governo Lula aposta que Trump pode revogar sanções contra autoridades brasileiras em breve

Cresce no Planalto a expectativa de reversão de punições aplicadas a ministros e ao ministro Alexandre de Moraes, alvo da Lei Magnitsky

Brasília (DF) - 11/09/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), de julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 – O governo do presidente Lula ampliou, nos últimos dias, a confiança de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá recuar e revogar sanções impostas a autoridades brasileiras. A informação foi publicada originalmente pelo jornal Metrópoles, em reportagem da coluna Igor Gadelha.

Entre os principais pontos de expectativa está a possível retirada da Lei Magnitsky aplicada pelo governo norte-americano contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci. A reversão das punições é tratada internamente como prioridade diplomática, segundo interlocutores do governo brasileiro.

Expectativa de reversão de sanções após telefonema entre Lula e Trump

A aposta de auxiliares de Lula cresceu depois da conversa telefônica entre o presidente brasileiro e Trump, realizada na terça-feira (2/12). O governo espera que Washington também suspenda sanções aplicadas a ministros brasileiros, incluindo a restrição de vistos de turismo para entrada nos Estados Unidos.

Durante conversa com jornalistas, o presidente norte-americano confirmou que tratou do tema com Lula.
Trump declarou literalmente: “Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções porque, como você sabe, eu impus sanções relacionadas a certas coisas que aconteceram.”

Pouco depois, Trump publicou uma mensagem nas redes sociais detalhando os assuntos discutidos no telefonema, reafirmando que o tema das sanções esteve entre eles.

Em suas palavras: “Tivemos uma conversa muito produtiva com o Presidente Lula do Brasil. Entre os assuntos discutidos, estiveram o comércio, como nossos países poderiam trabalhar juntos para combater o crime organizado, as sanções impostas a diversas autoridades brasileiras, tarifas alfandegárias e vários outros temas.”

O presidente dos EUA também destacou que a relação pessoal entre os dois, iniciada em reunião nas Nações Unidas, abriu caminho para novos acordos: “O Presidente Lula e eu estabelecemos uma relação em uma reunião que ocorreu nas Nações Unidas, e acredito que isso preparou o terreno para um diálogo e acordos muito bons no futuro. Aguardo ansiosamente um reencontro e uma conversa com ele em breve. Muitas coisas boas virão dessa parceria recém-formada!”

Tema sensível para Brasília

A discussão sobre as sanções é considerada central para o Planalto, especialmente no que diz respeito às consequências políticas e institucionais da aplicação da Lei Magnitsky contra um ministro do STF.

A expectativa agora é que o ambiente de diálogo estabelecido entre Lula e Trump abra espaço para gestos concretos de reversão das medidas, algo visto por auxiliares como um possível marco positivo nas relações bilaterais.

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