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“O Brasil tem três blocos: o bolsonarismo, a oposição de esquerda e a oposição de direita”, diz Altman

Em entrevista à TV 247, o jornalista afirmou que a conjuntura atual não deve ser lida como a divisão entre dois polos na política brasileira: os a favor e contra Bolsonaro. Para ele, a oposição de direita tenta mobilizar a população como a esquerda e a extrema direita o fazem, mas fracassa miseravelmente. Assista na TV 247

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Amanda Perobelli/Reuters)
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247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, criticou análises da conjuntura atual que apontam para a existência de dois polos distintos na política brasileira: os que são contra Bolsonaro e os bolsonaristas. Para Altman, a oposição de direita apresenta graves dificuldades de mobilizar a população, mas não deve ser totalmente ignorada.

“Comete um erro de análise quem lê o país considerando que existem dois lados: o bolsonarismo e o antibolsonarismo. O país tem três blocos, não dois: o bolsonarismo, a oposição de esquerda e a oposição de direita. As outras forças navegam entre esses três blocos, buscando um lugar ao sol. Então, o país tem que ser interpretado como uma disputa entre esses três blocos, em uma situação na qual dois desses blocos, o bolsonarismo e a oposição de esquerda, são os polos dominantes, que disputam a direção do país nesse período histórico que a gente está vivendo. Se partirmos desse princípio de que são três blocos, cada passo que cada bloco dá, ele calcula o seu próprio sucesso e o fracasso dos outros dois. É evidente isso”, afirmou. “A interpretação tem que partir dessa premissa, de que são três inimigos duros em disputa, que fazem arranjos táticos conforme o interesse de derrotar um dos inimigos e o interesse de se fortalecer”.

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Para o jornalista, o fiasco dos atos do Movimento Brasil Livre (MBL), que conseguiu reunir algumas centenas de manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, mostra como as únicas forças capazes de mobilizar a população são a esquerda e a extrema-direita bolsonarista. “Achei até saudável, para falar a verdade, que cada bloco mostre suas forças separadamente. O MBL tenta uma ‘carreira solo’ na luta contra o Bolsonaro, representando a oposição de direita. É evidente que tem que ser celebrado o fiasco do MBL, do ponto de vista da oposição de esquerda. Se o ato do MBL tivesse tido mais força, ao contrário de fortalecer a luta contra o Bolsonaro, a dificultaria, porque significaria que o MBL é capaz de dividir a campanha ‘Fora Bolsonaro’. O fracasso do MBL é o reforço da campanha ‘Fora, Bolsonaro’, que está sob a direção da oposição de esquerda”, completou. 

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