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PT denuncia Dallagnol por trabalhar em parceria com o FBI

Reportagem da Agência Pública e do Intercept revelou que Deltan Dallagnol trabalhou de forma ilegal com a polícia dos Estados Unidos para destruir empresas brasileiras de engenharia

Deltan Dallagnol, FBI e Gleisi Hoffmann (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | Reuters | Paulo Pinto/Agência PT)
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247 - O PT entrou nesta sexta-feira (3) com uma representação na Procuradoria Geral da República para denunciar o acordo de cooperação ilegal firmado entre a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e o FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, conforme revelou a Vaza Jato, em reportagem feita pela Agência Pública em parceria com o The Intercept. Nesta quinta-feira (2), o procurador Deltan Dallagnol afirmou não se lembrar se o FBI teria atuado em território nacional durante a operação.

Os advogados do PT responsáveis pela ação, Eugênio Aragão - ex-ministro da Justiça e ex-procurador da República - e Ângelo Ferraro, apontam que a Lava Jato atuou na ilegalidade, desrespeitando a autoridade central do Ministério da Justiça, para promover uma persecução penal direcionada e criminosa contra o ex-presidente Lula.

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A ação na PGR é contra o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, e Vladimir Aras, e apresentou ainda uma reclamação disciplinar contra ambos. A peça acusa Dallagnol pelos crimes de prevaricação, abuso de autoridade e condescendência criminosa. A ação é movida pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

“Desmascarados e desmoralizados, os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro terão de enfrentar a Justiça”, afirma Gleisi. Eugênio Aragão diz que as suspeitas que pesam contra Dallagnol são muito graves porque mostram que a Lava Jato atuava na ilegalidade absoluta e fora de controle. “Ao compartilhar informações de modo extraoficial com agentes americanos do FBI, a força-tarefa desrespeitou a soberania nacional e utiliza, de forma ilegal, dados sigilosos de empresas brasileiras”, critica Eugênio Aragão.

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“A cooperação entre Brasil e EUA é regulada por um acordo entre os dois países, o MLAT (Tratado Legal de Assistência Mútua), celebrado em 14 de outubro de 1997 e promulgado no Brasil por meio do Decreto 3.810/2001, tendo força de lei federal”, diz ainda o advogado e ex-procurador da República. Aragão lembra que o MPF não tem qualquer atribuição, constitucional ou legal, para promover, espontânea e autonomamente, relações externas.

O PT também pretende entrar com uma ação civil pública em primeira instância, também contra os procuradores. Já a reclamação disciplinar é endereçada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e tem como alvos Dallagnol e o procurador Vladimir Aras. Aragão pede instauração de processo ético e disciplinar junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O advogado diz que Dallagnol foi alertado de que a cooperação direta com agentes do FBI, sem passar pela ciência e anuência da Autoridade Central do Poder Executivo, era uma prática de natureza ilegal. E ainda assim ele agiu fora da lei.

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Com informações da Agência PT

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