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Rui Costa diz que governo cumprirá os acordos firmados com Lira

"Participei no fim do ano do diálogo direto com Lira, e o acordo que fizemos será cumprido, que foi incorporar as emendas de comissão no valor de R$ 11 bilhões", disse o ministro

Ministro da Casa Civil, Rui Costa (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

247 - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo irá cumprir os acordos estabelecidos com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em relação ao Orçamento de 2024. “Participei no fim do ano do diálogo direto com Lira, e o acordo que fizemos será cumprido, que foi incorporar as emendas de comissão no valor de R$ 11 bilhões. Este foi o acordo. O que foi colocado para além disso não faz parte do acordo”, disse o ministro nesta quarta-feira (7), de acordo com a CNN Brasil.

Rui Costa destacou que o acordo inclui a incorporação de emendas de comissão no valor de R$ 11 bilhões, ressaltando que qualquer demanda além desse montante não faz parte do entendimento firmado. "Eu concordo integralmente com o texto dele [Lira], acordo é para ser cumprido”. >>> Nova postura de Lira visa agradar bolsonaristas, de olho na sucessão da Câmara, avalia o Planalto

“E o acordo era de R$ 11 bilhões, que já é bastante, somados de R$ 50 bilhões, que já é 50% da capacidade de investimentos discricionários do Brasil, que está na mão do Parlamento. Quem no mundo tem algo parecido com isso? Acho que ninguém”, completou. >>> Com Lira voltado aos bolsonaristas, Planalto avalia negociar diretamente com líderes da Câmara

As declarações de Rui Costa foram feitas em meio à tensão entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara. Na segunda-feira (5), na durante a cerimônia de abertura do Ano Legislativo, Lira subiu o tom contra o Planalto e enfatizou que o Orçamento não é exclusivo do Poder Executivo. Ele também exigiu que os acordos estabelecidos sejam cumpridos.

A tensão tem se intensificado com as críticas de Lira direcionadas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre supostas promessas não cumpridas de nomeações em estatais e na liberação de emendas. Apesar das pressões, o presidente Lula manifestou sua intenção de manter Padilha no cargo.