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Antes de negar ministério, Ludhmila Hajjar disse a Bolsonaro estar "100% alinhada" com ele

A médica prometeu que poderia ser leal ao governo e que sua principal bandeira seria a da vacinação, evitando confrontos com Bolsonaro

Ludhmila Hajjar e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters)

247 - Antes de recusar o convite para assumir o Ministério da Saúde alegando ter diferenças técnicas com o governo federal em relação à condução da pandemia, a médica cardiologista Ludhmilla Hajjar enviou um texto a Jair Bolsonaro no domingo (14) no qual dizia estar "100% alinhada" com ele, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Ludhmilla se defendeu de um áudio atribuído a ela que circulava nas redes sociais em que minimizava temas relevantes aos bolsonaristas, como a resistência ao lockdown e a valorização da cloroquina.

A médica disse a Bolsonaro que, apesar das discordâncias, estava disposta a ser leal ao governo e que caso não cumprisse sua promessa, o cargo estaria novamente à disposição.

A especialista dizia a amigos que evitaria conflitos com Bolsonaro, mesmo diante das discordâncias, e que sua bandeira principal seria a vacinação da população, pauta que o governo foi obrigado a assumir nos últimos tempos.

No entanto, mesmo diante de toda a disposição de Ludhmila, um áudio com uma voz feminina atribuída à médica no qual Bolsonaro era chamado de "psicopata" foi o fator decisivo que tornou inviável a nomeação da cardiologista. Ludhmila negou a autoria do áudio, mas Bolsonaro disse a colegas que sua "inteligência" concluiu que a voz era sim da médica.