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Brasília

Dois dias antes dos atentados, gabinete de Torres recebeu relatório de inteligência que alertava para riscos

"Houve informação sobre o que aconteceria. Esse relatório foi entregue e dizia que a manifestação previa invasão aos prédios públicos", revelou o interventor

Ricardo Cappelli, terroristas em Brasília e Anderson Torres (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Ueslei Marcelino | Isac Nóbrega/PR)
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247 - O interventor do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, recebeu, às vésperas dos atentados terroristas bolsonaristas do dia 8 em Brasília, um relatório alertando para uma "ameaça concreta de invasão aos prédios públicos" na capital federal.

"Houve informação sobre o que aconteceria no dia 8. Há um relatório da Secretaria de Segurança Pública do dia 6. Esse relatório foi entregue no gabinete do Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, senhor Anderson Torres, ainda no dia 6. [O relatório] dizia que a manifestação que era convocada como tomada do poder previa, existia ameaça concreta de invasão aos prédios públicos, e ali está descrito tudo aquilo que poderia acontecer. Está documentado isso. Não faltou informação. Na sexta-feira o gabinete do secretário recebeu a informação", declarou Cappelli em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27), para a apresentação do relatório final com as conclusões sobre os atos terroristas em questão.

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O interventor avaliou que houve uma "falha operacional" da Secretaria até então comandada por Torres na prevenção e contenção dos atos antidemocráticos em Brasília: "houve um plano de ações integradas, que é praxe da secretaria no que diz respeito a eventos onde você organiza e estabelece diretrizes para o dia. O plano de ações integradas houve e foi aprovado pelo então secretário. Esse plano na verdade são diretrizes, e essas diretrizes devem gerar nas unidades um desdobramento operacional, que são os planos operacionais para eventos maiores, ou ordens de serviço. Estou citando no caso da Polícia Militar. No evento do dia 8 isso não aconteceu. Não há plano operacional e nem há ordem de serviço, de forma que não há um registro de quantos homens… O que houve foi um repasse burocrático do ofício recebido para algumas unidades pelo departamento de operações. Há uma falha operacional, porque o relatório de inteligência - que existe - não gera o desdobramento operacional adequado, que seria um plano operacional ou uma ordem de serviço. Quando a gente olha para o dia 1, a gente vê uma diferença grande do que foi feito para o comportamento adotado no dia 8".

"Fica claro o impacto da posse do senhor Anderson Torres no dia 2 [na Secretaria de Segurança do DF], da instabilidade que ele gerou na secretaria com as exonerações, com as trocas. Logo depois ele viaja, o gabinete recebe um relatório de inteligência e esse relatório não tem nenhum desdobramento", concluiu Cappelli.

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