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Brasília

Lamentável que Bolsonaro tenha tentado envolver a AGU na trama golpista, diz Jorge Messias

Ex-presidente Jair Bolsonaro consultou ex-ministro da AGU sobre a minuta do golpe

Advogado-geral da União, Jorge Messias (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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247 – O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, expressou profundo desapontamento diante das revelações feitas pelos ex-comandantes das Forças Armadas em relação à tentativa de golpe de Estado supostamente articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em declaração nesta sexta-feira, Messias ressaltou que é lamentável que um presidente da República tenha buscado envolver a AGU em uma trama antidemocrática.

"Os relatos de ex-comandantes das Forças Armadas divulgados hoje são gravíssimos. Triste e lamentável a tentativa de um Presidente da República, no exercício do cargo, em envolver a AGU em sua trama golpista. A AGU é uma conquista da redemocratização e estará sempre a serviço da Democracia e da defesa do Estado de Direito", afirmou Messias.

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As declarações do ministro surgem após o levantamento do sigilo do depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Jr., no qual ele revelou que Bolsonaro consultou o ex-advogado-geral da União, Bruno Bianco, sobre possíveis medidas para contestar o resultado das eleições de 2022. Segundo as investigações, Baptista Jr. e o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, resistiram às investidas golpistas de Bolsonaro e seus aliados.

Entretanto, há uma avaliação se houve omissão por parte dos ex-comandantes, que teriam conhecimento do plano e não adotaram uma atitude mais firme para impedir a trama. Este contexto revela a gravidade das ações do ex-presidente, que enfrenta investigações por ataques ao sistema eleitoral e outros crimes, além de estar inelegível até pelo menos 2030.

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Baptista Jr. afirmou que o golpe só não foi consumado porque o general Marco Antônio Freire Gomes se recusou a dar seguimento ao plano. As investigações prosseguem e, caso Bolsonaro seja processado e condenado pelos delitos de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ser declarado inelegível por mais de três décadas.

Diante desse cenário, a postura da AGU, conforme ressaltou Messias, é de compromisso inabalável com os princípios democráticos e o Estado de Direito, reafirmando seu papel como guardiã da legalidade e da constitucionalidade no país.

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